“Uma Flor”, do publicitário Nando de Freitas, de Campinas, foi a vencedora da quinta edição do Prêmio Sorocaba de Música - Festival Nacional de MPB Livre”. A final aconteceu domingo, no Teatro Municipal. O prêmio é uma realização da Z-Eventos, com o apoio da Secretaria de Cultura do Município. Pela conquista, o autor recebeu R$ 10 mil. O sorocabano João Leopoldo, com “Odisseia”, obteve a segunda colocação, e o prêmio de R$ 3 mil.
A terceira colocação ficou com Téo Brandileone, de São Paulo, por “Deixe Estar”, que levou R$ 1,5 mil. Também da Capital, Pedro Viáfora, de “Feito Nós”, foi premiado como o melhor arranjo, e Ana Tréa, por “Somos do Som”, foi escolhida a melhor intérprete. Na categoria aclamação popular, venceu a sorocabana Mariana Moraes, com “Jardim de Flores”. Cada um recebeu R$ 500.
Ao todo se inscreveram para o festival, 157 autores que encaminharam 308 músicas (cada concorrente poderia participar com até dois trabalhos). Destas, foram selecionadas 24 que participaram das eliminatórias realizadas na sexta e no sábado.
As doze finalistas foram “Amor Tropeiro”, de Beto Coelho; “Tipo de Louco”, de Armando Fernal Micheletti; “Jardim de Flores”, de Mariana Moraes; “Odisséia”, de João Leopoldo (todos de Sorocaba); “Deixe Estar”, de Téo Brandileone; “Semi-Lágrima”, de Paulo Novaes; “Macumba Light”, de Rafael Iasi; “Contraposto”, de Xavier Bartuburu; “Somos do Som”, de Ana Tréa; “Samba Leve”, de Eduardo Puperi; “Feito Nós”, de Pedro Viáfora (todas de São Paulo), e “Uma Flor”, de Nando Freitas (Campinas).
Com várias participações em festivais de música, Nando Freitas contou que não costuma acompanhar esses eventos. Disse que fica tão nervoso, que “chega a atrapalhar”. Nando escreve canções já há algum tempo. Quase todas foram e são gravadas pela dupla Taís Reganelli e Diego Moraes, este participante da versão brasileira do programa “Ídolos”. “Uma Flor” tem uma forte linha melódica e harmônica e sua interpretação pelo duo comoveu o público que foi ao Municipal.
A canção deverá estar no repertório do disco e do DVD que Taís lança até o final do ano.
Já “Odisséia”, de João Leopoldo, vencedor do prêmio em 2008, foi composta originariamente para o festival “Retratando o Rio Sorocaba”, do qual, no fim, não chegou a participar. João Leopoldo homenageia o rio a partir do qual a cidade cresceu. O paulistano Téo Brandileone ficou em terceiro lugar por “Deixe Estar”, um tema suingado que arreabatou a plateia. A performance destacou o uso de um equipamento que grava a base do violão. “É uma forma de economizar custo com banda”, brincou o compositor.
“Feito Nós”, de Pedro Viáfora, vencedor pelo melhor arranjo, é mais um caso que comprova que talento tem componente genético. Filho de Celso Viáfora, um dos nomes de peso da MPB paulistana, Pedro interpretou uma canção que se sobressaiu pela harmonia do baixo tocado por Igor Pimenta e o acordeon. Outro diferencial ficou por conta da letra bem elaborada. O prêmio de aclamação popular foi para Mariana Moraes e o pop-rock “Jardim de Flores”. Carismática, a cantora, que também se fez acompanhar em cena por Hugo Rafael, estabeleceu uma sintonia das maiores com o público. A paulistana Ana Tréa, de “Somos do Som”, escolhida a melhor intérprete, foi apontada como a versão feminina de João Bosco.
Novidade: versão instrumental
A próxima edição do Prêmio, conforme o produtor João Caramez, reserva algumas novidades. A proposta é criar uma versão instrumental e, também, destinar aos concorrentes ajuda de custo para que possam, na cidade, realizar oficinas e wokshops. “Queremos explorar o potencial da música instrumental aqui existente e, também, integrar o público ao trabalho”.
Presidente do júri pela segunda vez, o cantor e compositor Tavito, que fez o show de encerramento do festival, disse que o prêmio, este ano, “ficou renovado”: “Tivemos, aqui, uma mostra da qualidade do trabalho dos jovens. Pessoas muito experimentadas participaram, o que reforça o alcance e a importância do festival. Não por acaso, a escolha deu tanto trabalho”.
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