sexta-feira, 6 de março de 2009

O Menino Da Porteira

Anos 50.
Inspirado na música homônima, o longa-metragem é um 'remake' da produção estrelada em 1977 por Sérgio Reis.

No vilarejo de Rio Bonito o peão Diogo (Daniel) conduz uma grande boiada até a Fazenda Ouro Fino. Ao passar pelo sítio Remanso ele conhece Rodrigo (João Pedro Carvalho), um garoto que sonha em se tornar um boiadeiro. Logo eles se tornam amigos, sendo também testemunhas das injustiças que ocorrem na região devido à ganância do major Batista (José de Abreu), dono da Fazenda Ouro Fino. O major ordena que seus capangas chantageiem os moradores locais, de forma que vendam o gado pelo preço que deseja. A situação muda quando Otacílio Mendes (Eucir de Souza), pai de Rodrigo, decide se rebelar, contando com a ajuda do farmacêutico dr. Almeida (Zedu Neves).
O Filme estreia nesta sexta-feira nas salas das principais cidades brasileiras.

Evandro Mesquita & Blitz - Só Para Mulheres!

Divulgação

Um momento para reviver sucessos dos anos 80 como "Você Não Soube Me Amar", "A Dois Passos do Paraíso" e "Weekend". É isso o que promete o show Evandro Mesquita & Blitz - Só Para Mulheres! que o Clube de Campo Sorocaba realiza hoje, a partir das 20h, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Por conta do incidente que ocorreu esta semana, quando os organizadores do evento descobriram que havia caído o teto do salão principal, a apresentação foi transferida para o salão menor.

Formada inicialmente por Evandro Mesquita, Lobão e Fernanda Abreu, entre outros, a banda Blitz foi a precursora do rock brasileiro nos anos 80, abrindo portas para grupos como Barão Vermelho, Kid Abelha e Legião Urbana. A história da banda é inclusive tema do livro As Aventuras da Blitz, lançado recentemente pelo jornalista Rodrigo Rodrigues, apresentador do programa Vitrine, da TV Cultura.

O grupo foi desfeito e cada um seguiu seu rumo. Em algumas ocasiões houve tentativas de volta, até que em 2007 a banda foi retomada de vez. É claro que com Evandro Mesquita (vocal, violão e guitarra). Além dele, fazem parte da formação atual Billy Forghieri (teclados e vocais), Juba (bateria e vocais), Andrea Coutinho (backing vocal), Luciana Spedo (backing vocal), Cláudia Niemeyer (baixo) e Rogério Meanda (guitarra e vocais). Billy e Juba são também da formação original.

Evandro Mesquita foi o que mais conseguiu projetar seu nome. Artista multifacetado, além de cantor, é ator, diretor, produtor e também escritor. Já fez textos para a Bundas, a revista do Ziraldo, e também para o Vida ao Vivo, quadro do Fantástico, exibido pela Rede Globo. É ainda autor do livro Xis Tudo, onde descreve experiências de sua vida.

A carreira de ator começou no teatro, com o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, famoso nos anos 70. Depois vieram os convites para fazer TV. Participou da série Armação Ilimitada, fez novelas e agora vive o mecânico Paulão, da Grande Família. Para quem não lembra, Evandro ainda protagonizou o filme Menino do Rio, que lhe projetou como o típico carioca.

No próximo domingo, Evandro estreia mais um programa, o quadro Bicho-Homem, no Fantástico, junto com a atriz Fernanda Torres, e que vai mostrar as diferenças e semelhanças entre o homem e os animais.

Os convites para a apresentação de hoje custam R$ 130, com buffet a noite toda. As sócias pagam R$ 80. Outras informações: (15) 3388-9023. (J. Cruzeiro do Sul)

Herói ou Vilão?

Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que, entre 2000 e 2006, houve aumento de 18,3% no número de mortes por doenças relacionadas ao alcoolismo. “Hoje, os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo. A faixa etária dos 18 aos 34 anos é responsável por cerca de 10% do consumo abusivo de álcool que envolve cerca de 3,5 milhões de pessoas”, diz o doutor João Geraldo Simões Houly, do Hospital Santa Paula.
Houly explica que as consequências para quem abusa do álcool variam desde doenças no fígado e no pâncreas, como cirrose e pancreatite, até sérias complicações neuromotoras. “É preciso, de imediato, uma conscientização maior por parte dos jovens em zelar pela saúde. Caso contrário, o corpo vai cobrar caro as consequências desses abusos amanhã. Quem leva uma vida desregrada tende a envelhecer precocemente”.
Mas o álcool nem sempre é um vilão. Se ingerido com moderação, pode ter efeitos benéficos no organismo. Há estudos comprovando que o consumo moderado de bebidas alcoólicas (principalmente o vinho tinto) pode ser benéfico à saúde. É o que explica o cardiologista Rafael Munerato, também do Hospital Santa Paula. “Há pessoas que se beneficiam ao tomar uma taça de vinho diariamente. Esse hábito pode contribuir para o aumento do nível do colesterol bom. Entretanto, não deve ser estimulado pelos médicos, já que o limite entre o saudável e o maléfico é muito tênue”.
Munerato diz que há alguns problemas de saúde que aumentam o risco para quem adota a ingestão diária de álcool. “Pessoas que têm Diabétis Melitus, níveis altos de triglicérides ou hipertensão, serão altamente prejudicadas. Para não haver complicações, é sempre indicado consultar um médico para saber se as suas condições permitem ou não a incorporação desse hábito", recomenda o cardiologista.

TSE E As Cassações

Muito mais desastrosa do que a crise financeira internacional que vai se incorporando à vida brasileira é a desvairada corrupção que varre o Brasil de ponta a ponta. Se nos últimos vinte anos ela tivesse sido contida com o rigor necessário, certamente haveria dinheiro suficiente para bancar uma série de investimentos públicos essenciais à população e que poderiam estar contribuindo para movimentar a economia, inclusive com a abertura de novas vagas no mercado de trabalho.
É de se lamentar, portanto, o que acontece no País em termos de desvios de recursos públicos. Apesar de todo mundo saber disso, muito pouco é feito para acabar com as investidas dos espertalhões. Por isso mesmo, merece aplauso, neste momento a postura do Tribunal Superior Eleitoral no sentido de cassar os mandatos de vários políticos envolvidos com a corrupção eleitoral. Se isso estivesse sendo feito há mais tempo, com certeza o dinheiro dos contribuintes não teria sido tão surrupiado. Os brasileiros estão cansados de ouvir os velhos jargões que viraram piada no País: "meu cliente é inocente", "é tudo armação política", "eu nunca falei com esse senhor", "estou com a consciência tranqüila" e muito mais.
É triste e até vergonhoso dizer, mas a corrupção arraigada nos costumes políticos do País não deixa de ser constitucional. Ela foi preparada de maneira ardilosa e consagrada na Constituição de 1988. Na verdade, antes de assegurar os direitos dos cidadãos, ela se encarregou de assegurar direitos e prerrogativas a todos aqueles intimamente ligados à máquina administrativa do poder e à vida política nacional. Parece que o objetivo principal foi o de garantir o que pode ser chamado de "regular o exercício da corrupção", sem que os seus protagonistas fossem importunados.
Basta constatar como de lá para cá o habeas corpus, a presunção de inocência e o devido processo legal acabaram sendo utilizados sem qualquer cerimônia e em todo e qualquer processo destinado a apurar as patifarias praticadas. Graças à Carta Magna, tudo é válido para os políticos. Qualquer pessoa, por exemplo, é obrigada a guardar documentos comprobatórios de despesas e receitas por cinco anos, período em que as autoridades competentes podem chamá-la a prestar esclarecimentos, mas na Câmara Federal a regra é outra, como vimos recentemente: quem se valeu de notas frias para justificar gastos com a verba de R$ 15 mil mensais que o contribuinte é obrigado a dar de graça para cada parlamentar, está perdoado. Além disso, pode continuar a praticar o crime até o início de abril, quando as comprovações de despesas passarão a ser divulgadas. É ou não é uma licença a prazo fixo para a fraude? E tudo de acordo com a Constituição brasileira.
Já está na hora de reverter tudo isso, daí merecer aplausos a conduta do TSE no julgamento rigoroso de alguns casos. Muitos outros devem ter igual tratamento para que as coisas possam começar a mudar como se deve. Em benefício de todos os brasileiros, o Brasil precisa deixar de ser a grande Meca da Corrupção.