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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
5 x Favela recria filme original de 1961
5 x Favela – Agora Por Nós Mesmos: obra coletiva
Resultado de um processo de criação coletivo a partir de oficinas realizadas em diversas comunidades cariocas, 5 x Favela - Agora por Nós Mesmos deve suas raízes ao filme original de 1961. O 5 x Favela de 49 anos atrás reunia cinco jovens diretores de classe média e universitários num projeto bancado pelo Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes.
Com a iniciativa, voltava-se o olhar do asfalto para as comunidades que, já então, cobriam os morros do Rio de Janeiro de uma realidade rica em contradições, resultando num filme de episódios. Cinco diretores surgiram daquele filme de 1961, alguns tornando-se ícones do então nascente movimento do Cinema Novo – caso de Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirzman e Cacá Diegues.
É Diegues, justamente, quem agora assina a produção deste novo filme, que teve sua pré-estreia mundial no Festival de Cannes, em maio, fora de competição. A principal diferença agora é que os sete diretores que assinam os novos cinco episódios saíram das próprias favelas.
É, portanto, um "olhar de dentro" que constroi as histórias, cujo tom varia entre a comédia rasgada (caso dos episódios Arroz com Feijão e Acende a Luz) ao drama (especialmente no segmento Concerto para Violino).
De todo modo, a unidade dramática, que é comum vacilar em filmes de episódios, é garantida por Rafael Dragaud, que costurou os cinco roteiros que saíram das oficinas, e foi, por isso, premiado com o troféu de roteiro em Paulínia 2010 – festival de que o filme saiu o grande vencedor, com sete prêmios (incluindo o mais cobiçado, melhor ficção, que valia 150 mil reais.
Os temas das cinco histórias repassam questões sociais explosivas, como o dilema do jovem calouro de direito (Silvio Guindane), protagonista de Fonte de Renda, de Manaíra Carneiro e Wavá Novais, que é tentado pelo tráfico para dar conta de pagar as mensalidades da faculdade, coisa que o seu emprego numa padaria não está cobrindo.
As diferentes escolhas diante do crime também formam o cenário do drama Concerto para Violino, de Luciano Vidigal, que registra interpretações sólidas do trio Thiago Martins (de Era uma Vez), Cíntia Rosa e Samuel de Assis.
Foto: Divulgação
Márcio Vito em cena do episódio Acende a Luz
Uma veia humorística percorre os outros três episódios, especialmente o ótimo Arroz com Feijão, de Rodrigo Felha e Cacau Amaral, que acompanha as aventuras de uma dupla de garotos (Juan Paiva e Pablo Vinicius) para conseguir dinheiro para comprar um frango para o pai de um deles (Flávio Bauraqui). A participação do veterano cineasta Ruy Guerra (Os Cafajestes, Os Fuzis) no elenco é mais uma ligação com o Cinema Novo.
Deixa Voar, de Cadu Barcellos, coloca em primeiro plano o risco corrido por um garoto (Vitor Carvalho) ao entrar numa favela "inimiga" para buscar uma pipa perdida. E o episódio final, Acende a Luz, de Luciana Bezerra (do grupo Nós do Morro) imagina os desdobramentos, afinal cômicos, de uma prolongada falta de energia elétrica no morro em pleno Natal.
Sem partir da mesma intenção política do filme de 1961, 5 x Favela - Agora por Nós Mesmos realiza uma das principais intenções dos sete diretores, anunciadas em todas as suas entrevistas dadas em festivais: fornecer um contraponto a filmes celebrados sobre a favela, especialmente Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, mas evidenciando sentimentos diferentes, especialmente o humor.
Sem dúvida, isso eles conseguiram, além de contar claramente suas histórias, escapando do risco de fazer um mero "filme ONG". Nada disso. 5 x Favela - Agora por Nós Mesmos é um filme por inteiro. (Reuters)
MEC notifica faculdades por irregularidades na adesão ao ProUni
As faculdades Primavera, Octógono, José Lacerda Filho de Ciências Aplicadas, Ciências e Educação do Espírito Santo e Olinda deixaram de assinar no sistema do MEC o termo de adesão ao ProUni no momento da realização de algum processos seletivos.
De acordo com o ministério, o documento é exigido sempre que as instituições promovem o ingresso de estudantes, pois o termo de adesão garante a oferta de bolsas. Além disso, o MEC determina que as instituições participantes do ProUni ofertem as vagas para bolsistas com regularidade.
Programa de Pós-Graduação seleciona professor
Informações
(15) 2101.7101
ppge@uniso.br
www.uniso.br/hs/processo_seletivo
Orquestra Sinfônica de Sorocaba toca com Billy Sherwood
O evento Rock Sinfônico reunirá no mesmo palco a Orquestra Sinfônica de Sorocaba e uma banda de rock progressivo sorocabana, a Banda do Sol. O concerto terá a participação especial de Billy Sherwood, produtor e ex-guitarrista da banda Yes.
O show será realizado no sábado (28), às 19h, no Parque Carlos Alberto de Souza, no Campolim. O evento é uma realização da Carlos Madia Produções e conta com o apoio da Fundec.
Com regência do maestro Eduardo Ostergren, a apresentação será dividida em três partes. Na primeira, a Orquestra Sinfônica de Sorocaba tocará “A Noviça Rebelde” (Richard Rodgers), “Batuque” (Alberto Nepomuceno) e “Semper Fidelis” (John Phillip Sousa).
Na segunda parte do concerto, a Banda do Sol se somará à orquestra para apresentar músicas de seu último álbum, “Tempo”.
Em seguida, Billy Sherwood integrará a banda para tocar clássicos do Yes, como “Roundabout” e “Owner of a lonely heart”. Tocará também músicas de alguns de seus projetos atuais, como Circa, Yoso, e Conspiracy. O público ouvirá, ainda, clássicos como “Africa”, da banda Toto.
Em passagem única pelo Brasil, Billy Sherwood se diz animado com o evento. “Eu mal posso esperar para fazer esse show no Brasil com a Banda do Sol e a orquestra”, diz.
Sherwood também conta como conheceu a Banda do Sol. “Eu conheci a Banda do Sol quando eles me contataram para mixar o novo disco de estúdio deles, o que foi uma grande honra. Agora recebi esse convite para ir ao Brasil e tocar ao vivo com eles, o que é muito excitante. Todas as músicas serão acompanhadas de uma orquestra, o que trará uma cara diferente para as composições”, afirma.
Mesclar música erudita com um estilo mais popular não será uma novidade para a Orquestra Sinfônica de Sorocaba. O grupo já teve experiências diversas de mistura de sonoridades. Recentemente, se apresentou com o grupo de jazz Café Forte e com uma solista de steel drum, instrumento de origem caribenha.
Em 61 anos de história, a Orquestra Sinfônica de Sorocaba desenvolveu importantes atividades de difusão musical. É composta por 36 músicos e é considerada uma das melhores orquestras do interior de São Paulo.
Serviço
Concerto Rock Sinfônico
Dia: Sábado, 28 de agosto
Horário: 19h
Entrada franca
Local: Parque Carlos Alberto de Souza (Campolim)
Telefone: (15) 3233-2220