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sexta-feira, 14 de maio de 2010
Influência de substâncias químicas na saúde é subestimada
A influência de substâncias químicas presentes na comida, na água e no ar no desenvolvimento de câncer é subestimada e, embora seja possível preveni-la, pouco tem sido feito a respeito. O alerta está em um relatório divulgado na semana passada nos EUA. De acordo com especialistas ouvidos pelo Estado, a situação no Brasil pode ser ainda pior.
"Somente algumas centenas das mais de 80 mil substâncias químicas usadas nos Estados Unidos passaram por testes de segurança. Não há regulamentação para muitos produtos sabidamente carcinogênicos ou para substâncias suspeitas de causar câncer", diz o relatório do Conselho de Câncer do Presidente. O órgão é composto de especialistas responsáveis por acompanhar os programas americanos para o controle da doença.
O documento aponta como causa leis fracas, autoridade fragmentada em agências reguladoras e falta de investimento em pesquisa. Culpa ainda o conceito de que os produtos químicos são seguros, a menos que fortes evidências provem o contrário.
"Há substâncias, como alguns agrotóxicos, contra as quais ainda não há evidências suficientes para se classificar como carcinogênico. Mas são consideradas prováveis causadoras de câncer e isso deveria ser o bastante para evitar o uso e buscar alternativas", afirma Ubirani Otero, coordenadora da Área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do Inca.
Segundo Ubirani, o quadro brasileiro é ainda mais preocupante que o americano. "Por ser um País em desenvolvimento, abriga tecnologias e substâncias que já foram banidas em outros países", diz ela, citando como exemplo as indústrias que utilizam amianto, sílica e benzeno. "Por causa de uma legislação falha, há empresas que fecham e abandonam seu lixo tóxico sem cuidado. Em outros países isso seria um crime grave."
De acordo com Sonia Hess, engenheira química e consultora do Ministério Público Federal nas áreas de saúde e meio ambiente, diversos produtos comuns em residências - como detergentes, mamadeiras, utensílios de plástico, protetores solares e brinquedos - contêm componentes suspeitos de interferir no funcionamento do sistema hormonal humano. Entre essas substâncias, a mais debatida atualmente é o bisfenol A, ou BPA, que simula no organismo a ação do hormônio feminino estrogênio.
Entre os potenciais perigos mencionados no documento estão também pesticidas, fertilizantes, derivados de produtos farmacêuticos que contaminam a água por meio do esgoto, produtos químicos de uso doméstico, poluentes emitidos pelos carros e caminhões, câmaras de bronzeamento e a radiação eletromagnética não ionizante, como a emitida por celulares.
(Karina Toledo - AE)
Quarteto AB4, do pianista Ari Borger, lança 3º álbum
O jazz do pianista e tecladista Ari Borger está mais 'brasileiro' no terceiro álbum, Backyard Jam (GRV), o segundo com seu quarteto, o AB4, que tem show de lançamento hoje no Teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo. Com o mercado limitado para esse tipo de música refinada no Brasil, o grupo há muito almeja os festivais internacionais. "Só nos falta um produtor que tenha conexões lá fora, material nós temos", diz Borger.
Não foi por isso, no entanto, que colocou um molho mais brasuca no novo trabalho. "É porque eu queria mesmo." Os indícios já aparecem nos títulos de dois temas, "Baião Psicodélico" (com vocal do repentista Evanildo Pereira) e "Partido Alto", com evidente approach com o samba, gênero que também colore "Jimmy no Morro", misto com funk, em que Borger imagina como o tecladista Jimmy Smith, uma de suas referências, soaria se "tivesse chegado numa favela do Rio".
A única faixa não autoral é "Norgewian Wood" (Lennon/McCartney), em que ele também dá um toque nacionalista, cria harmonias diferentes e faz a bela melodia viajar solta livre de convenções. "A gente quis desconstruí-la um pouco, aquela introdução de piano remete um pouco ao Brasil, meio Egberto, meio Hermeto", diz. "O piano e o slide da guitarra em uníssono dão uma ideia de cítara indiana."
Decorrência do ótimo álbum homônimo lançado em 2008, o quarteto está mais entrosado e o CD tem mais improvisos e participação de cada músico - Celso Salim (guitarra e violão), Humberto Zigler (bateria e percussão) e Marcos Klis (baixo acústico e elétrico) na criação dos arranjos, embora a maioria parta do band leader.
É mesmo uma jam session (levada ao extremo no baião, que foi gravada sem ensaio, totalmente de improviso), em clima de festa no quintal de casa, onde a pré-produção teve início. O álbum foi todo gravado ao vivo em estúdio e Borger, cada vez mais afiado, privilegia o órgão Fender Rhodes, mais do que o Hammond e o piano, fazendo uma frenética mescla de jazz, blues, funk, ritmos brasileiros e um boogie woogie surpresa, oculto na última faixa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (AE)
Lovefoxxx assume a pista desta noite no Terceiro Andar
Lovefoxxx, vocalista da banda Cansei de Ser Sexy, a CCS, comanda a pista do Terceiro Andar hoje, a partir das 23h. Seus sets mesclam eletro, disco, house e indie. Ao longo da noite, o som também ficará a cargo dos DJs Renan Moraes, Roxxy e Time. O público ainda poderá conferir no local uma exposição de fotos do Grupo Imagem e a mostra impressa das obras Les Parisiennes, do artista francês Kiraz. Também expõe seus trabalhos o artista plástico Fernando Jardim. Documentário e clipes de músicas também estão disponíveis em uma sala para o público interessado.
Luísa Hanaê Matsushita, a Lovefoxxx ou Luísa Lovefoxxx, tem hoje 26 anos e além de ser vocalista do Cansei de Ser Sexy viaja mundo afora como DJ Set.
A cantora iniciou a vida profissional fazendo ilustrações, época que passou a assinar como Luísa LoveFoxxx. Já trabalhou na revista Capricho, para o estilista Caio Giobbi, e foi ilustradora do site Chic, da jornalista Glória Kalil. Em 2003, enquanto trabalhava como designer gráfico de estilo para as grifes Triton e Fórum, entrou para a banda Cansei de Ser Sexy e, posteriormente, largou o emprego para dedicar-se unicamente ao grupo. O sexteto foi contratado em 2005 pela Trama e no ano seguinte, pelo selo americano Sub Pop, berço de bandas como Nirvana e Mudhoney. Em 2006, assinou as ilustrações de uma coleção de sandálias Melissa e também ganhou uma coluna na revista Capricho.
Hoje é considerada uma das mais importantes artistas da cultura jovem global. Foi escolhida em 2007 pela revista especializada NME (New Music Express) como uma das três personalidades mais cool do mundo. Em 2008, foi capa de abril da importante revista inglesa de cultura jovem Dazed & Confused.
SERVIÇO:
O Terceiro Andar fica na rua José Bonifácio, 70, Centro.
Os ingressos para os homens custam R$ 10 e especialmente nesta noite as mulheres pagam R$ 5 até 00h55.
Somente com convite ou nome na lista por depoimento no orkut.
Proibida a entrada de menores de 18 anos. Outras informações: (15) 9145-7334.
Câmara cassa vereadora por invadir fazenda em SP
A sessão que resultou na cassação foi iniciada no final da tarde de ontem e se prolongou por toda noite. Militantes do MST ocuparam as imediações do prédio, mas não houve incidentes. Advogados da vereadora vão entrar na Justiça contra a decisão dos vereadores.
O processo foi aberto com base em denúncia do munícipe Gileno Marques. Ele alegou que, por ter participado de uma ação criminosa, a vereadora infringiu as normas que tratam do decoro parlamentar. Rosimeire é mulher do coordenador regional do MST, Miguel Serpa, e chegou a ser presa com o marido e outros integrantes, no início deste ano, por ter participado da invasão. Entre os presos estava o ex-prefeito de Iaras, Edilson Granjeiro (PT). O grupo foi libertado graças a um habeas-corpus do Tribunal de Justiça (TJ).
A vereadora cassada e os outros militantes acusados da invasão respondem a processo por formação de quadrilha, furto e dano qualificados e esbulho possessório. Rosimeire nega ter participado da depredação e alega que não pode ser punida pela Câmara por defender os sem-terra. Seu cargo já foi ocupado por um suplente, mas ela espera ser reconduzida ao posto através de uma liminar da Justiça. (AE)
Aulas noturnas serão obrigatórias a partir de segunda-feira
A partir da próxima segunda-feira, dia 17, quem se matricular em uma autoescola para a primeira habilitação ou para mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) terá de fazer, também, aulas noturnas. A determinação é do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada pela resolução 347 no dia 29 de abril de 2010. Antes mesmo de serem incluídas na grade de ensino, as aulas noturnas já estão gerando polêmica entre proprietários de autoescolas, instrutores e alunos. Entendem que se a aula noturna é obrigatória, assim deveria ser, também, com chuva e neblina, por exemplo, além da condução em estradas.
E se essa resolução causou polêmica, a portaria que o Departamento de Trânsito (Detran), de São Paulo, baixou é mais ainda polêmica, pois estipulou que o horário noturno em que as autoescolas poderão dar aulas é das 20h às 23h30, e não como diz o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) - período noturno compreende desde o pôr-do-sol ao nascer. Roberto Alarcon Filho, proprietário de um autoescola de Sorocaba e representante regional do Sindicato das Autoescolas de São Paulo (Sindautoescola), disse que a portaria do Detran, nº 810 de 13 de maio de 2010, pegou todo mundo de surpresa com a especificação do horário noturno de aulas.
Laura Bueno, proprietária de outra autoescola da cidade, diz que estava se programando para dar a aula noturna às 6h. “Seria muito mais seguro e não atrapalharia ninguém no trabalho ou na escola”, observa. Disse, também, que as aulas poderiam ser dadas a partir das 18h; mas com a portaria do Detran reduzindo o período noturno entre 20h e 23h30, problemas surgirão, especialmente com relação à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “A partir das 22h, tem de ser pago adicional noturno e como vou colocar um instrutor para trabalhar às 7h e continuar trabalhando até as 23h30?”, questiona. Apesar da divulgação dessa portaria, a assessoria de comunicação do Detran de São Paulo informou que o órgão ainda irá regulamentar, por portaria, o horário das aulas noturnas.
Tânia Regina Mastrogiovani, instrutora veicular, afirmou que entra no trabalho às 7h10 e sai às 19h10, com duas horas de almoço. Ela não sabe como os patrões fariam para manter instrutores trabalhando mais tempo do que as já doze horas do dia. Sem contar aos sábados, quando entram às 7h10 e saem às 12h10. Por dia, cada instrutor atende a seis alunos em média. Assim como os proprietários, outros instrutores, Tânia e a sua aluna Priscilla de Souza Sai Camargo, de 31 anos, que iniciava a primeira aula prática, afirmam que aulas noturnas são importantes, mas outras aulas como dirigir sob chuva ou neblina e até mesmo na estrada são tão essenciais quanto aprender a dirigir à noite.
As atuais vinte aulas são consideradas poucas pelos instrutores para uma melhor formação e educação no trânsito. Agora, com as aulas noturnas, os alunos terão 16 aulas práticas durante o dia e quatro à noite. “Toda a formação de um aluno para o trânsito deveria ser melhor revista”, afirma Tânia. Laura diz que é inviável as aulas no horário em que o Detran estipula; e Roberto afirmou que o sindicato irá estudar mecanismos para que esse posicionamento do Detran seja revisto.
Feira de Artes celebra os 100 anos do bairro da Pompeia
No final da década de 80, a hoje extinta Creperie Pourquoi Pas, no bairro da Pompeia, mantinha um intenso roteiro cultural. O burburinho que vinha do bar, entretanto, incomodava a quem vivia nas proximidades. O jeito foi aderir à política da boa vizinhança, conclamar os moradores e levar toda aquela programação para as ruas. Em 1988, nascia o Arte na Rua, que, mais tarde, seria rebatizado de Feira de Artes da Villa Pompeia. Organizado pelo Centro Cultural Pompeia, o evento chega à 23.ª edição neste domingo (16), a partir das 9 horas, celebrando os 100 anos do bairro, com shows e barracas de comidas e de artesanato.
"Na primeira edição, o resultado já tinha sido muito bom. Com o tempo, começamos a abrir espaço para expositores de arte. Nos nossos palcos, despontaram nomes como Chico César e Zeca Baleiro", conta Cleber Falcão, um dos idealizadores da feira. O evento é uma extensão do perfil da própria Pompeia, popularizada como berço do rock. "Num mesmo quarteirão, moraram Mutantes, Tutti Frutti e Made in Brazil, grandes bandas dos anos 70. Isso se ampliou e aqui virou a comunidade do rock", diz o guitarrista Luiz Carlini, 57 anos, fundador da citada e histórica Tutti Frutti, que acompanhou Rita Lee e continua firme na estrada. Morador local desde que nasceu, Carlini assina a direção-artística do Palco Rock.
Marchinhas e cia.
Mas nem só de rock se faz a trilha sonora da região. Casados há 53 anos - e vivendo quase esse tempo todo na Pompeia -, os compositores Manoel Ferreira, 80 anos, e Ruth Amaral, 84, fizeram fama com suas marchinhas, como "A Pipa do Vovô" e "Transplante de Corintiano" (Coração Corintiano), que nas últimas cinco décadas embalam os programas do amigo Silvio Santos, no SBT, e, por tabela, os bailes de carnaval. Homenageados da feira, os dois se viram pela primeira vez nos bastidores da Rádio Tupi, em São Paulo. Parceiros na música, investiram num filão carente de boas ideias com letras simples. "Somos felizes por sempre termos vivido de música", declara Ruth Amaral.
Outro homenageado do evento, Cecílio Gigliotti, 84 anos, se tornou famoso no meio artístico como maquiador, especializado em efeitos especiais. Ficou conhecido também como cover de Charles Chaplin. "A família dele queria me processar. Fiquei lisonjeado, porque quer dizer que sou muito parecido com ele", brinca Cecílio, que incorporou o personagem para ajudar a divulgar a 1.ª edição da feira da Pompeia, há 22 anos. (AE)
Rapaz consome crack no trânsito e mobiliza PM
Um estudante de administração e teologia de 29 anos mobilizou, às 18h desta quinta-feira (13), oito policiais militares, no Centro de Sorocaba. Ele consumia crack dentro do veículo que dirigia, um Fiat Stilo, e não quis deixar o carro, mesmo com a solicitação de parada. Agressivo com os policiais, ele resistiu e precisou ser retirado à força do interior do automóvel. Foi levado para o plantão policial da Zona Sul, de onde foi liberado por ser “usuário de droga”. Com ele, a PM encontrou duas pedras da droga.
Os policiais disseram ter flagrado o estudante com o carro parado na contramão da avenida Eugênio Salerno, totalmente enfumaçado e com os vidros fechados. O crack queimava em latas. Ele estava inalando a droga e não quis descer do automóvel. Por estar consternado, sob o efeito alucinógeno, policiais precisaram usar spray de pimenta para que ele se entregasse sem resistência. Não resolveu. Os PMs acabaram, então, abrindo o carro e o retirando à força. Ele chegou ao plantão policial só de cueca.
Segundo os policiais, essa não foi a primeira vez que o problema acontece com o estudante. Semanas atrás ele foi parado na mesma situação, na Estrada do Ipatinga, e também levado ao plantão policial. Novamente informou à PM que é usuário da droga “há muito tempo” e que não consegue se livrar do crack “de forma alguma”. Falou que tenta, em vão, se livrar do vício. Ultimamente, segundo relatou, estava se preparando para trabalhar com revenda de veículos. O Fiat Stilo que dirigia foi guinchado e levado para o pátio policial. (Gustavo Ferrari)
Sorocaba atinge 71,2% da meta de vacinação
Pelo calendário oficial, está em andamento a quinta etapa da campanha, destinada a pessoas de 30 a 39 anos, mas os sorocabanos que fazem parte dos outros grupos contemplados e ainda não se vacinaram também podem procurar as unidades de saúde para se proteger. Dentre todos os outros grupos, o único que continua abaixo da meta é o das gestantes, que até esta quarta-feira (12) atingiu cobertura de 65,79%, com 5.242 doses aplicadas.
Entre as pessoas de 30 a 39 anos, foram vacinados 22.903 sorocabanos, perfazendo uma cobertura de 24,33%. A estimativa é que Sorocaba tenha 94.123 moradores nesta faixa etária. A meta até dia 21 de maio é atingir 75.298 pessoas (ou seja, os 80%). Para isso, a vacinação continua disponível em todos os 30 Centros de Saúde, no horário normal de funcionamento das unidades. Também prossegue a programação de postos volantes nas universidades (relação abaixo).
Novas doses
Também continua até 21de maio a vacinação dos idosos contra a gripe comum. Até terça-feira (dia 11) 21.212 pessoas foram imunizadas, o que corresponde a 35,71% da população estimada na faixa etária, que é de 59.405 sorocabanos. A meta é atingir pelo menos 80% deste total, ou seja, 47.524 idosos.
A partir desta semana, a Secretaria da Saúde de Sorocaba passou a receber doses da vacina trivalente, que protege contra a gripe comum e contra o vírus H1N1 (é uma vacina conjugada). Desde segunda-feira (10), o município recebeu três cotas totalizando 19 mil doses deste tipo de vacina (trivalente).
Nesta quinta-feira (13), houve ainda uma entrega de 30 mil doses da vacina específica contra H1N1 (monovalente). A vacina contra a gripe sazonal acabou no estoque da Vigilância Epidemiológica nesta quinta-feira (13), quando as últimas doses foram distribuídas às unidades de saúde. Já a vacina monovalente, que protege exclusivamente contra H1N1, está com estoque regular.
Os Centros de Saúde estão dando prosseguimento à imunização de todos os idosos com a vacina trivalente. Aquelas pessoas (com mais de 60 anos) que eventualmente já tenham se vacinado contra H1N1 (por serem doentes crônicos), segundo orientação do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo, podem receber a vacina trivalente sem contraindicação ou risco para esses pacientes.
Livro parte de quadros de Almeida Jr. para abordar o modo caipira de viver
E quem diria que o caipira um dia seria objeto de análise semiótica na linha peirceana. Foi partindo dessa ótica que a escritora Durce Gonçalves Sanches estudou a obra do artista plástico Almeida Júnior e lançou seu olhar nas imagens que retratam o modo de vida do interior paulista. O resultado pode ser conferido no livro O modo de vida do caipira em obras de Almeida Júnior, que será lançado na sexta-feira, dia 14, a partir das 19h30, no auditório do Sincomércio, em Itu. Durante a ocasião haverá show do violeiro e escritor Paulo Freire, que irá contar um bocado de causo e cantar outro tanto de moda.
Assumidamente de origem caipira, Durce - que nasceu em Coroados, cidade do interior do Estado de São Paulo -, afirma que é daí que vem o interesse pelas obras de Almeida Júnior. Sua pintura remete muito à minha própria origem, cultura. Eu nasci em fazenda e morei no campo, justifica.
Dividido em três capítulos, o livro começa com uma explicação do que vem a ser o caipira. Depois, aborda a vida acadêmica de Almeida Júnior e, por fim, a obra encerra-se com o capítulo referente à pesquisa sobre os aspectos da cultura caipira tecidos pelos pincéis do artista. Falo sobre o lazer, modo de vida, habitat, vestimenta e alimentação, enfim, um estudo completo sobre o caipira, numa análise semiótica na linha peirceana, esclarece Durce.
A escritora lembra que Almeida Júnior tem várias obras invocando o contexto caipira. Ele foi um grande pintor caipira paulista e eu busquei nesse olhar encontrar uma resposta a meu sentimento de pertencimento a essa cultura.
No último capítulo é que Durce analisa cinco obras do artista: Cozinha Caipira, Nhá Chica, Caipira Picando Fumo, Amolação Interrompida e O Violeiro. São pinturas bem características. Em ‘Cozinha Caipira falo sobre a moradia e observo o rústico no modo de alimentação. No caso de ‘Nhá Chica, que mostra uma mulher à janela pitando fumo, a obra revela um costume. ‘Caipira Picando Fumo é o momento de lazer e despreocupação com o mundo. A tela mostra um homem em seu meio rural, com o rosto marcado pelo sol. É possível observar nessa pintura a verdadeira face do homem do campo, a personalidade do caipira diante das diversidades que o meio produz revela a calma e a passividade, explica.
Já em Amolação Interrompida, Durce observa que o artista procurou revelar a virilidade e força típicos do exercício bruto do homem do campo. Nela ainda se encontra o processo de miscigenação, conforme fala Darcy Ribeiro. O lenço na cabeça é um recurso do homem do campo para amenizar o calor, enfim tudo tem um significado, acrescenta.
Finalmente, O Violeiro, é sobre um momento de conquista. A viola nos braços do homem traduz a sedução feminina, sendo embalada pelo universo masculino. A viola é o instrumento preferido na zona rural e remete muito à cultura caipira, esclarece.
Durce conta que selecionou especificamente essas obras por uma questão particular, de gosto mesmo. Sempre admirei essas obras e fiz menção a elas durante as aulas que ministro de formação continuada para professores da rede municipal. Nos meus cursos, levo a turma para o Espaço Almeida Júnior para que os professores saibam mais sobre nossas raízes.
No capítulo que aborda a formação acadêmica de Almeida Júnior, Durce avisa: Todo mundo espera que eu conte as fofocas da vida dele, mas não faço isso. Me atenho a seus estudos na pintura.
O livro que analisa as obras de Almeida Júnior é resultado de tese de mestrado em Comunicação e Cultura pela Universidade de Sorocaba (Uniso), sob orientação da professora Maria Ogécia Drigo. O público-alvo, conforme Durce, são os caipiras de Itu e da região. É um livro com linha acadêmica que pode ser lido por pessoas que se interessam em saber sobre nossas origens. Gostaria que meu livro fosse compreendido como parte de meu sentimento de pertencimento a uma cultura que não posso negar.
Durce Gonçalves Sanches é formada em Letras, Pedagogia, Direito e Saúde Pública, pós-graduada em Língua Portuguesa e em Comunicação e Cultura. É estudiosa dos dialetos, dedicando-se à pesquisa da variante caipira. Atualmente mora de Itu, onde é membro da Academia Ituana de Letras (Acadil), tendo como seu patrono o poeta Guilherme de Almeida.
Exposições destacam a obra do artista
Para quem for a Itu prestigiar o lançamento do livro, a dica é aproveitar para conferir as duas exposições sobre Almeida Júnior que estão em cartaz na cidade: Almeida Júnior: o Homem e a Natureza, no Regimento Deodoro (Quartel de Itu), e Retratos no Museu Republicano. Os eventos são em homenagem aos 160 anos de nascimento de Almeida Júnior (1850-1899), completados em 2010.
A exposição do Quartel é composta por obras valiosas do artista, cedidas pela Pinacoteca do Estado. São ao todo 20 pinturas que retratam a temática do homem do interior, seus hábitos e o ambiente em que vive. E como não poderia deixar de ser, Caipira Picando Fumo e O Violeiro estão entre elas. A curadoria é de Ana Paula Nascimento, do corpo técnico da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Por meio de uma cronologia ilustrada com reproduções de pinturas e de fotografias, o público poderá conhecer ainda um pouco da trajetória do pintor, que se destacou principalmente pela temática regionalista e por ter transposto à tela a luz brasileira. As visitas podem ser feitas até o dia 20 de junho no Auditório do 2´ Grupo de Artilharia de Campanha Leve - Regimento Deodoro (Praça Duque de Caxias, 284, Centro, Itu). De terça-feira a domingo, das 10h às 16h30. Para atender melhor o público, a exposição conta com serviço de visita monitorada. Entrada gratuita. Outras informações: (11) 4022-1184.
Já a mostra Retratos, no Museu Republicano, exibe oito trabalhos que mostram o lado de grande retratista de Almeida Júnior, que sob encomenda, pintou membros da elite paulista nas décadas finais do século 19, ligados à vida econômica e política da Província e depois Estado de São Paulo. As visitas podem ser feitas até o dia 31 de julho, 10h às 16h, de terça-feira a domingo. Endereço: rua Barão de Itaim, 67, Centro, Itu. Entrada gratuita. Outras informações: (11) 2065-8018.
SERVIÇO
O Sincomércio está localizado na rua Maestro José Vitório, 137, centro de Itu.
Evento aberto ao público em geral.
O livro, editado pela Ottoni, tem 165 páginas e pode ser adquirido no lançamento a R$ 30.
Nas livrarias o preço será R$ 40.
(Daniela Jacinto-Jornal Cruzeiro Do Sul)
Google Brasil critica insegurança jurídica na internet
O diretor afirmou que o Google possui 1,5 mil ações judiciais no Brasil hoje, a maioria relativa a conteúdos disponibilizados no Orkut - um site de relacionamentos mundial, mas que é um sucesso principalmente no País. De acordo com ele, dos processos julgados pela empresa aqui, praticamente a metade considerou que o Google é o culpado pelo conteúdo das páginas. Esse quadro mostra, segundo Correa, o quanto a falta de regulamentação do setor prejudica o andamento dos negócios no País.
"Em 40% e 45% das ações, a empresa foi considerada culpada por conteúdos com os quais o Google não tem nada a ver", disse, acrescentando que a área de atuação da companhia é oferecer plataformas de hospedagem para terceiros. "O Google não produz um centímetro de conteúdo, com exceção de mapas. Não pretendo ser produtor de conteúdo", afirmou o diretor.
No lugar de ir contra a fonte que fez comentários ou exibiu conteúdos considerados indesejados na internet, na maioria dos casos, segundo Correa, as ações são encaminhadas contra a empresa. "Vai para o Google porque é mais fácil de achar, é mais fácil de pedir indenização", considerou. O risco de ações como esta, de acordo com ele, não é apenas para o Google, mas para a internet como um todo e para empresários brasileiros que querem inovar na rede.
Esse dissenso em relação ao entendimento da Justiça, de acordo com Correa, dificulta a atuação das empresas desse setor no Brasil. "Ninguém em sã consciência criaria o Google, o Orkut ou o twitter no Brasil", considerou, citando os serviços mais populares da empresa. Ele enfatizou que o business do Google, por excelência, é ser um intermediário.
Daí a importância da criação de um marco civil para o setor no Brasil, segundo o diretor. Ele salientou que o risco de censura é grande, ao contrário do que se acreditava no início dos anos 90. "Se pensava que o mundo virtual estava realmente fora do alcance do governo do mundo real. Mas isso não é uma verdade. Há controles sobre conteúdos não só na China, mas em vários países democráticos", comentou.
Para Correa, no entanto, a minuta do Ministério da Justiça, que estabelece o marco civil para o setor e que se transformará em um projeto de lei, traz o mínimo de regulação necessária para a atuação das empresas e pessoas na internet. "Como está hoje, o anteprojeto do marco não extrapola, mas precisamos ficar sempre alerta sobre o tema", disse. "O marco civil tem de dizer quais são as regras do jogo mínimas", acrescentou. (AE)
Dilma rejeita 'ficha suja' em campanha petista
"Lamento que o projeto não possa ser aplicado nessa eleição", comentou a ex-ministra da Casa Civil. Aprovado pela Câmara na terça-feira, o texto seguiu para o Senado e deve ser examinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 19.
"Eu acho esse projeto importante", insistiu Dilma. "É absolutamente correto que um candidato acusado e condenado não possa se candidatar, naqueles termos aprovados pela Câmara, sem fazer prejulgamento das pessoas. Agora, é preciso ter cuidado. Estou falando de ficha comprovada."
A petista também foi questionada se aceitaria o apoio de quem não tem ficha limpa. "De maneira alguma. Eu acho absolutamente impossível uma coisa dessas acontecer", afirmou Dilma. "Uma vez que o candidato não tenha ficha limpa, está vedado a ele o direito de concorrer." (AE)
Situação de pré-candidatura é ambígua, diz Dilma
De visual novo cabelo cortado e tingido de louro, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, chegou nesta noite ao Centro de Convenções Brasil XXI para o "Encontro do Movimento Negro do PT", reafirmando que lamenta a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de multar o partido e ela própria por propaganda eleitoral antecipada. A petista reclamou da "ambiguidade" da legislação eleitoral.
Pela manhã a ex-ministra da Casa Civil participou da Missa de Solidariedade com os Excluídos, evento que faz parte do 16º Congresso Eucarístico Nacional. (AE)
Nasa lança ônibus espacial com sucesso
Esta é a última missão do ônibus espacial Atlantis
A Nasa (Agência Espacial Americana) lançou com sucesso o ônibus espacial Atlantis nesta sexta-feira. A 32ª missão da nave partiu às 14h20, horário local da Flórida (15h20 horário de Brasília), assim como havia sido programado.
Por volta das 15h29 o ônibus espacil atingiu a órbita da Terra rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). De acordo com a Nasa, a Atlantis partiu sem problemas.
O ônibus espacial parte para seu último voo, com seis astronautas a bordo, para levar o pequeno módulo russo Rassvet, equipamentos e alimentos para a Estação Espacial.
Depois desse voo, só restarão dois lançamentos de ônibus espaciais, o do Discovery em meados de setembro e do Endeavour, no fim de novembro. Depois, os três ônibus espaciais serão retirados de serviço após três décadas de operação.
Durante esta missão de 12 dias, dos quais sete o ônibus passará acoplado à ISS, o Atlantis e sua tripulação transferirão mais de 12 toneladas de materiais, seis bateriais para as antenas solares da estação, alimentos e experiências científicas.
O módulo russo Rassvet ("Aurora", em ruso) ou MRM-1 é o maior elemento dos transportados pela Atlantis.
A ISS, um projeto de 100 bilhões de dólares que começou em 1998, no qual participam 16 países, é financiado principalmente pelos Estados Unidos.
Depois do fim dos ônibus espaciais, os Estados Unidos dependerão dos Soyuz russos para levar seus astronautas à Estação, até que um lançador americano fique pronto para substituição em 2015. (iG São Paulo)
Segundo CBF, sete projetos de estádios para Copa 2014 foram aprovados pela Fifa
“Não houve elogiou ou crítica à nenhuma sede. Foi aprovado o projeto apresentado e ponto. Elas agora têm um mês para apresentar a viabilidade financeira de fazer o projeto” afirmou Ricardo Teixeira. O presidente da CBF participou do anúncio do patrocínio da Nestlé à seleção brasileira.
Sobre o Morumbi, que no projeto inicial da Copa do Mundo estava previsto para receber a abertura do torneio, o dirigente deixou claro que nada está definido. “A carta que recebemos informa que o projeto foi aprovado e que o Morumbi está preparado para receber uma semifinal. A definição sobre a abertura será decidido depois, pela Fifa”, declarou.
Doze sedes garantidas
O número 1 da CBF também garantiu que não haverá uma redução no número de sedes na Copa de 2014. Dozes cidades foram escolhidas em 2009. “Não há nenhum pensamento da Fifa de diminuir o número de sedes. Eu falo como presidente da CBF, como membro do Comitê Organizador e integrante da Fifa, também. Serão doze sedes”, afirmou Teixeira.
A especulação sobre uma provável redução no número de cidades que receberão jogos do Mundial surgiu após críticas do secretário-geral da Fifa. “Recebi um relatório sobre a situação dos estádios brasileiros e preciso dizer que não é muito boa. Há alguns [estádios] com o alerta vermelho já aceso, o que é impressionante. É impressionante como o Brasil já está atrasado. E não estou falando apenas do Morumbi ou do Maracanã, estou falando de vários estádios”, afirmou Jerome Valcke, no dia 3 de maio.
Ao ser questionado se as críticas ao Brasil lhe incomodavam, dirigente despistou. “Como presidente do Comitê Organizador, eu não sinto incomodo nenhum. Nós relatamos para a Fifa como estava o andamento dos projetos e foi isso que gerou esse puxão de orelha. Como brasileiro, sim, eu me sinto incomodado por ter sido chamado atenção”, respondeu. (Paulo Passos, iG São Paulo)
Quando a Letra Feia Vira Um Problema
Letra de paciente do terceiro ano do fundamental: desorganização espacial, cansaço ao escrever e escrita lenta
A letra feia e ilegível, vista muitas vezes como resultado da falta de capricho, pode indicar um distúrbio de aprendizagem chamado disgrafia. O problema, que costuma ser observado um ou dois anos depois que a criança aprende a escrever, pode estar ligado a uma deficiência na coordenação motora fina ou até a um conflito emocional.
Segundo Simone Capellini, professora e pesquisadora do departamento de Fonoaudiologia da Unesp, o que diferencia uma letra sem capricho da disgrafia é a criança ter também outras dificuldades motoras leves, como problemas na hora de amarrar o sapato ou abotoar a camisa. “Disgrafia está ligada à dificuldade que a criança tem em coordenar as informações visuais e a realização motora do ato. Se a criança tiver apenas dificuldade para escrever, mas não apresentar problemas em outras atividades motoras, provavelmente ela não tem o distúrbio”, explica.
Depois do tratamento de 2 meses: letra mais legível e com traçado menos forte; melhor organização espacial
Apesar de muitos disléxicos apresentarem disgrafia, nem todos os disgráficos têm dislexia, que é uma dificuldade geral nas áreas da leitura, escrita e soletração das palavras. A diferença básica, segundo Luciana Reis, fonoaudióloga do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação, é que a disgrafia é um distúrbio estritamente do campo da escrita. A criança sente cansaço ao escrever, tem uma desorganização espacial e uma escrita lenta. “Em geral, a criança com este distúrbio não entende o que ela mesma escreve algum tempo depois”, diz.
Raquel Caruso, psicopedagoga e coordenadora da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico (EDAC), acredita que os professores costumam demorar a perceber o problema, já que estão mais preocupados com o desenvolvimento intelectual dos alunos do que com a parte visual-motora. “Não se treina muito a parte espacial da criança, então fica difícil exigir depois que ela tenha uma boa escrita”, explica Raquel.
Existem dois tipos básicos de disgrafia: a motora e a pura. A motora atinge a maioria dos disgráficos e é a dificuldade em escrever palavras e números corretamente. Já a disgrafia pura é um pouco mais difícil de ser diagnosticada. Segundo Caruso, é aquela que atinge a criança depois de algum trauma emocional. “Às vezes, a criança tenta chamar a atenção para algum problema através da letra” completa.
Por ser um distúrbio ainda pouco conhecido entre pais e professores, muitos casos passam despercebidos, o que faz com que os disgráficos sejam rotulados como “desleixados”. Se nada for feito, eles podem perder o interesse pela escola e pelos estudos.
De acordo com Reis, a criança que tem disgrafia deve brincar com massinha de modelar, argila e pintar. “Todos os exercícios que trabalham com as mãos são bons”, afirma. Além destas atividades, Capellini destaca também a importância dos esportes. “Eles ajudam muito porque trabalham a orientação espacial e a coordenação motora da criança”, diz. Jogar vôlei, peteca e xadrez podem trazer grandes benefícios para a melhora da letra, porque fazem com que a criança use as mãos e aprenda a planejar os movimentos.
A idade mais indicada para se começar a tratar a disgrafia é a partir dos oito anos, quando a letra começa a se firmar. Quando não tratada, o distúrbio pode trazer problemas mais sérios na vida adulta, entre eles a dificuldade de comunicação. “Para entrar numa faculdade, por exemplo, é preciso escrever uma redação. Se a letra não for legível, o candidato já fica em desvantagem”, diz Raquel. Ela explica também que pessoas com disgrafia geralmente não conseguem se localizar em mapas, pela falta de noção de espacialidade.
A psicopedagoga Raquel Caruso indica alguns tipos de letra e os possíveis conflitos emocionais da criança
- Letra pequena demais pode indicar timidez excessiva
- Letras grandes demais podem indicar uma criança que necessita estar sempre no centro das atenções
- Letras feitas com muita força, que chegam a marcar as outras páginas do caderno, podem indicar que a criança esteja tensa
(Camila de Lira, iG São Paulo)
Virada Cultural 2010 Em São Paulo
Praça Júlio Prestes
Av. Duque de Caxias, próximo à Sala São Paulo
18h: Barbarito Torres e Ignacio Mazacote (Cuba)
21h: Zélia Duncan
00h: Céu
03h: Living Colour (EUA)
06h: Instituto + Z'África Brasil
09h: Palavra Cantada
12h: Toquinho
15h: ABBA - the Show (Suécia - Inglaterra)
18h: Cantoria - Elomar, Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo
Além da abertura com os músicos cubanos, o principal palco da Virada traz duas cantoras, uma com maior apelo popular (Zélia Duncan) e outra com carreira ascendente no exterior (Céu). Velho conhecido do público brasileiro, a banda norte-americana Living Colour deve reunir fãs fiéis na madrugada ao som de seu último álbum, The Chair in the Doorway (2009), assim como o Instituto acompanhado do Z'África Brasil, únicos expoentes da música negra na programação. À tarde, é a vez de uma homenagem ao grupo ABBA, mas não se engane com a propaganda de que a formação tem "dois membros originais": são apenas músicos de estúdio do quarteto. A Virada se despede com a rara chance de ver Geraldo Azevedo, Elomar, Xangai e Vital Farias recriarem o aclamado álbum Cantoria, de 1984.
Praça da República
Próximo à av. Ipiranga, virado para a Rua do Arouche
19h: Paulo Vanzolini
21h: Nelson Sargento
23h: Baile do Simonal - Simoninha e Max de Castro
01h: Jair Rodrigues
03h: Elza Soares e Sandália de Prata
05h: Orlandivo e Clube do Balanço
07h: Terreirão do Sobral
09h: Almir Guineto
11h: Reinaldo, o Príncipe do Pagode
13h: Leandro Sapucahy
15h: Arlindo Cruz
17h: Germano Mathias e Dicró
Dedicado ao samba, começa com veteranos e expoentes do gênero, arranjando espaço para um tributo à bossa de Wilson Simonal, levado a cabo pelos filhos Simoninha e Max de Castro. O domingo traz o samba contemporâneo de Arlindo Cruz e Leandro Sapucahy, e dá adeus com as composições bem-humoradas de Germano Mathias, ao lado de Dicró.
Bulevar São João
No Vale do Anhangabaú
19h: Hermeto Pascoal
21h: Airto Moreira
23h: Booker T (EUA)
01h: The Temptations - Feat. Glenn Leonard (EUA)
03h: Orquestra Popular de Frevo do Recife
05h: Edy Star - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez
07h: Nei Lisboa
09h: Nito Mestre (Sui Generis - Argentina)
11h: Tatit, Wisnik e Nestrovski
13h: Grupo Medusa
15h: Flora Purim
17h: Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz
Descrito como um espaço para "virtuosos", começa com dois mestres da música instrumental: Hermeto Pascoal e Airto Moreira, do mesmo nicho de jazz que a cantora Flora Purim, na tarde de domingo, integra. Nas atrações internacionais, estão Booker T, lenda da soul music norte-americana; a nova encarnação do Temptations, um dos grupos vocais masculinos mais famosos dos EUA; e o argentino Nito Mestre, parceiro de Charly García no duo Sui Generis. O cantor gaúcho Nei Lisboa destoa do resto da escalação, mas deve atrair um punhado de fãs com chimarrão no início da manhã.
Vieira de Carvalho
Largo do Arouche, virado para a Av. Vieira de Carvalho
19h: Arrigo Barnabé - Caixa de Ódio: o Universo de Lupicínio Rodrigues
21h: André Abujamra - Desengonçalves, Canções de Nelson Gonçalves
23h: Frank Elvis & los Sinatras - Bailinho
01h: Sidney Magal
03h: Luis Caldas
05h: Double You
07h: Brothers of Brazil
09h: Waldirene
11h: Jerry Adriani
13h: Angelo Maximo
15h: Vanusa
17h: Wanderléa
Une desde homenagens a Nelson Gonçalves e Lupicínio Rodrigues, em seu centenário, até alguns nomes da Jovem Guarda, como Waldirene e Wanderléa. Na madrugada, festa com Sidney Magal e Luís Caldas. Culpe a diversidade, mas também entram na jogada Vanusa, Jerry Adriani, o poperô de Double You e os irmãos Suplicy, na pele do Brothers of Brazil.
Avenida São João
Av. São João, próximo a Rua General Osório, virado para a Av. Ipiranga
20h: Grand Mothers - Re:invented
22h: Big Brother & the Holding Co.
00h: Patrulha do Espaço
01h30: L.A. Guns
03h30: Velhas Virgens - Tributo a Adoniran Barbosa
05h30: Krisium
07h30: Imbyra
09h30: Pitty
11h30: CPM 22 - Só Ramones
13h30: Raimundos
15h30: Pequeno Cidadão
17h30: Titãs
Se o palco rock tem espaço para aberrações como a homenagem do CPM 22 ao Ramones e o Raimundos séculos 21, também trouxe atrações internacionais. As principais delas são a banda de Frank Zappa, Mothers of Invention – rebatizada de Grand Mothers – e a Big Brother & the Holding Co, que alçou Janis Joplin à fama. O L.A. Guns foi o grupo de Axl Rose e é recomendado apenas para fãs hardcore do Guns N' Roses. No meio de tudo isso, um alento: o Pequeno Cidadão, projeto infantil de Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e outros colaboradores.
Casper Líbero
Dois palcos, próximos às ruas Washington Luís e Mauá
19h: Juliana Kehl
20h40: Detetives
22h20: Tulipa Ruiz
00h: Dudu Tsuda
01h40: Cacau Brasil
03h20: Comma
05h: Naná Rizzini
06h40: Banda Dc
08h20: Rodrigo Campos
10h: Sambô
11h40: Rubra Pop Show
13h20: Karina Buhr
15h: Sweet Flavour Band
16h40: Mallu Magalhães
18h10: Musica do Mato (MT)
19h50: Caldo de Piaba (AC)
21h30: Black Drawing Chalks (GO)
23h10: Camarones Orquestra Guitarrística (RN)
00h50: Galinha Preta (DF)
02h30: Plastique Noir (CE)
04h10: Baba de Mumm-Rá (TO)
05h50: Vendo 147 (BA)
07h30: Hey Hey Hey (RO)
09h10: 4Instrumental (MG)
10h50: Aeromoças e Tenistas Russas (SP)
12h30: Nervoso e os Calmantes (RJ)
14h10: Terra Celta (PR)
15h50: Rinoceronte (RS)
17h30: Cabruêra (PB)
Com curadoria da Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes), traz desde nomes interessantes da cena indie (Black Drawing Chalks, Nervoso e os Calmantes, Tulipa Ruiz, Karina Buhr) a novidades da música nacional. A "veterana" Mallu Magalhães, na tarde de domiungo, parece perdida em um espaço dedicado aos, digamos, esquecidos da grande mídia.
Alameda Barão de Limeira
Próximo à Duque de Caxias
19h: Orquestra Brasileira de Música Jamaicana
21h: Pablo Moses (Jamaica)
23h: Cidade Negra e Ras Bernardo - Lute para Viver (1991)
01h: Fully Fullwood (Jamaica)
03h: Planta e Raiz
05h: Tribo de Jah
07h: Djambi
09h: Pedra Rara
11h: Leões de Israel
13h: Mano Bantu
15h: Clinton Fearon (Jamaica)
17h: Big Youth (Jamaica)
Inaugura um espaço específico para o reggae. Destaque para nomes atuais do Brasil e abra espaço para os jamaicanos – no caso, Pablo Moses e os grupos Fully Fullwood e Big Youth.
Estação da Luz
Espaço das orquestras
18h: Jazz Sinfônica
22h: Orquestra Sinfônica Municipal e Coral Lírico – "Carmina Burana"
00h: Orquestra Experimental de Repertório – "Porgy & Bess"
04h: Quinteto Conclave
07h: Banda Jazz Sinfônica de Diadema
10h: Banda Sinfônica do Estado
13h: Danilo Brito, Mike Marshall e Catherina Lichtenberg – Encontro de Bandolins
16h: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
17h: Tchaicovsky Pas de Deux – São Paulo Cia de Dança e Osesp
Estação da Luz
Palco da dança
19h30: Raça Cia de Dança de São Paulo
21h: Diários de Viagem – Omstrab
23h30: Gnawa – São Paulo Cia de Dança
01h10: Baseado em Fatos Reais – Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira Cia de Dança
02h20: Diálogo – Jean Abreu e Guga Stroeter
03h: Embodied Voodoo Game – Cena 11 Cia. de Dança
05h00: "She´s Lost Control" – Cia. Vitrola Quântica
06h15: Corpo de Passagem – Grua
08h30: Corpo de Baile Jovem da Escola Municipal de Bailado
09h: Yin – Stacattospciadança
11h30: Balé Popular do Recife e Antúlio Madureira
14h30: Kathak Teen Taal – Kanchan Maradan
15h15: Danses Concertantes, Sabiá e Forrolins – Cisne Negro
17h10: Kathak Dhamaar – Kanchan Maradan
18h: Canela Fina – Balé da Cidade de São Paulo
Melhores Pastéis de Feira da Cidade: as dez melhores barracas de pastel de feira dos bairros de São Paulo, eleitas recentemente, estarão distribuídas pelo Centro, acompanhadas por barracas de garapa e de frutas. Espaços cadastrados pela organização vão comercializar bebidas e alimentos ao preço mais baixo possível: esse foi o critério de seleção.
Galeria Prestes Maia: será o lugar de uma programação "alternativa", com enfoque na cultura da tatuagem, da suspensão (aquela em pessoas ficam penduradas com ganchos presos ao corpo) e de DJs com estilos diversos, de rock, pop, passando pelo country e até death metal.
Marchinhas de São Luiz do Paraitinga: montado no Largo da Misericórdia, próximo à Sé, o palco vai simular ao longo de 24 horas o carnaval da cidade do interior paulistano, atingida por enchentes no início deste ano.
Dimensão Nerd: na Praça Roosevelt, servirá de chegada para desfiles de fãs de Guerra e Jornada nas Estrelas e adeptos do Cosplay, fantasias de personagens fantásticos variados. Haverá ainda exposições, stands temáticos, mesas para RPGs e jogos de tabuleiro, discotegem correlata e espaço para editoras de quadrinhos.
Cinemas na Virada: a programação expande o projeto bem sucedido do ano passado e recupera o glamour dos cinemas históricos do Centro, hoje dedicados a produções pornô, com ciclos específicos. O Cine Windsor (Ipiranga, 174) exibirá filmes de zumbi; o Cine Dom José (Dom José, 306), filmes de lobisomem; e o Cine Arouche (Largo do Arouche, 426), musicais clássicos de Hollywood. A Cinemateca Brasileira coloca em suas duas salas uma belíssima programação dedicada à música, o HSBC Belas Artes privilegia o dito cinema gastronômico e Cine Olido, na Galeria Olido, sedia uma retrospectiva da Mostra Internacional de São Paulo.
Centro Cultural Banco do Brasil: além de abrir suas portas ao longo da noite, o CCBB promove uma sessão gratuita do espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", monólogo de Beth Goulart, às 22h. Entrada franca, mediante retirada de senha uma hora antes do início.
Unidades do Sesc: programação bastante variada. O Sesc Consolação reúne, a partir das 18h, covers de Amy Winehouse, Bee Gees, Michael Jackson e Madonna, entre outros. No Sesc Pompeia, a Orquestra Imperial comanda quatro horas de festa, entre as 20h e 2h, com ingressos de R$ 3 a R$ 12. Amantes do teatro tem uma boa oportunidade de assistir ao último espetáculo do Grupo Galpão, "Till, a Saga de Um Herói Torto", à 0h30, no Sesc Santana. Na mesma unidade, dois shows interessantes: Arnaldo Antunes, às 23h, e Movéis Coloniais de Acaju, às 3h30.
Casa das Rosas: três atrações musicais que valem seu tempo. Às 15h de sábado, Lanny Gordin, o guitarrista da Tropicália, se apresenta com sua banda. Às 19h, Sérgio Ricardo, que acaba de ganhar uma biografia, toca ao lado de Filó Machado. Na sequência, às 21h, Tetê Espíndola faz um apanhado de sua carreira.
Memorial da América Latina: a Orquestra Jovem Tom Jobim toca ao lado de Mônica Salmaso e o grupo Pau Brasil às 21h, no qual a cantora apresenta as canções de Chico Buarque que deram origem a seu último álbum, "Noites de Gala, Samba na Rua".
(Marco Tomazzoni, iG São Paulo)