A trajetória da Cianê (Companhia Nacional de Estamparia), em Sorocaba, é contada no livro do jornalista Wesley Carlos da Silva, intitulado "Cianê: Auge, decadência e outras histórias" que será lançado hoje, às 20 horas, no Gabinete de Leitura Sorocabano, na praça Cel. Fernando Prestes, 21, Centro.
A Cianê foi uma das indústrias mais importantes de Sorocaba no século XX, e em 2009 completa 100 anos de atividades na cidade. A Companhia tem apenas uma fábrica em trabalho, a Estamparia São Paulo, que será transferida de local ou desativada até 2010.
Fundada em 1909, pelo inglês John Kenworthy, a Companhia Nacional de Estamparia se expandiu com êxito até 1939, quando foi adquirida pelo industrial Severino Pereira da Silva.
Entre as décadas de 40 e 80, a Cianê viveu um ritmo intenso de produção na indústria têxtil, e foi uma das maiores indústrias do setor têxtil no País, através das fábricas São Paulo, Santo Antônio, Santa Rosália e Nossa Senhora da Ponte.
O processo falimentar ocorreu em 1990 com a abertura econômica do governo Collor, tendo que despejar no mercado de trabalho milhares de operários.
Hoje, os sorocabanos convivem diariamente com os prédios que abrigaram as fábricas da companhia, e que chamam a atenção de quem passa, tanto pela arquitetura, quanto pelo estado de abandono.
O intuito da produção do livro foi realizar um resgate histórico de Sorocaba, através da trajetória da Cianê, e sua importância para a cidade. "Cianê: Auge, decadência e outras histórias" foi baseado em reportagens, em obras de autores sorocabanos e paulistas que discorreram sobre a indústria têxtil e em depoimentos de funcionários, ex-funcionários, presidente da companhia e pessoas que tiveram ligação com a empresa. É uma compilação de fatos desde o início da cultura do algodão, desenvolvimento das primeiras indústrias, a fundação da Cianê até a venda da fábrica São Paulo.
A obra conta com o apoio institucional Lei de Incentivo à Cultura (Linc).