quarta-feira, 28 de julho de 2010

Álcool limita riscos de poliartrite reumatóide

O consumo regular de álcool pode reduzir a gravidade da poliartrite reumatóide e inclusive o risco de desenvolvimento da doença, segundo um estudo médico. A poliartrite reumatóide, uma doença crônica que se manifesta na forma de inflamações de articulações e inchaços, é a mais frequente das doenças articulares inflamatórias. O estudo, publicado na edição desta quarta-feira da revista Rheumatology, da sociedade britânica de reumatologia, constata os efeitos do álcool na doença, sem deixar dúvidas sobre as consequências que o consumo excessivo pode ter para a saúde.

Os cientistas, chefiados por Gerry Wilson, especialista em reumatologia da Universidade Britânica de Sheffield, acompanharam 873 pacientes que sofriam de poliartrite reumatóide, os quais compararam com um grupo de 1.004 pessoas não afetadas pela doença. Os cientistas perguntaram aos pacientes a frequência com que consumiram álcool no mês anterior, e os submeteram a exames radiológico e sanguíneo. Suas articulações também foram examinadas.

"Os pacientes que beberam álcool com mais frequência mostraram sintomas menos severos do que aqueles que não beberam nunca ou muito raramente", disse o autor principal da pesquisa, o reumatologista James Maxwell. "As radiografias mostraram menos danos nas articulações; exames de sangue, níveis mais baixos de inflamação, e (os pacientes) apresentavam menos dores articulares, inchaços e limitações", afirmou. Esta é a primeira vez que, segundo um estudo, o consumo de álcool pode demonstrar a redução da gravidade da doença.

Os cientistas constataram, ainda, que os abstêmios têm quatro vezes mais chances de contrair a doença do que as pessoas que bebem álcool mais de dez dias ao mês. O risco diminui em função da frequência do consumo. Esta constatação confirma os resultados de estudos anteriores. (AFP)

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