Ministro da saúde faz balanço pelos dois anos da lei que combate o álcool no trânsito
Aconteceu na tarde desta sexta-feira (18), no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, o balanço pelos dois anos de operação da Lei Seca em todo o Brasil. Na ocasião também foi laçado o projeto “Vida no Trânsito”, uma ação global com a participação de dez países.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que este é apenas o início de um longo caminho a ser percorrido. “Embora tenha havido redução de mortes no trânsito, ela ainda é lenta. Estamos construindo a educação a partir de uma mudança de comportamento da população”.
O Rio de Janeiro foi o Estado que melhor apresentou resultados com a operação Lei Seca. Um ano antes da lei entrar em vigor, foram 36.924 mil mortes em todo o País. Um ano depois, foram registrados 34.597 casos de óbito, ou seja, uma redução de 6,2% no número de mortes. No caso do Rio, mais de cinco mil pessoas foram salvas, incluindo o número de feridos, o que corresponde a uma redução de 32%.
“A campanha estadual custa R$ 4 milhões por ano. Quando me perguntam por que temos conseguido números tão expressivos, eu respondo que é porque temos cumprido a Constituição”, afirmou Carlos Alberto Lopes, porta-voz da operação Lei Seca no Estado do Rio. São 177 funcionários além de 30 cadeirantes que atuam na conscientização dos motoristas e na repressão de alcoolizados no trânsito em todo o estado.
Segundo números divulgados nesta sexta-feira, apenas 5,5% dos cariocas se recusam a fazer o teste do bafômetro, metade do que era registrado no começo da campanha. “Não acredito que é uma lei que pegou apenas no Rio. Outros estados também estão reduzindo a partir de uma mudança de comportamento”.
“Vida no Trânsito”
Sobre o projeto “Vida no Trânsito”, cinco cidades brasileiras participarão da campanha, que é organizada junto a OMS (Organização Mundial da Saúde). São elas: Campo Grande, Palmas, Teresina, Belo Horizonte e Curitiba. “A campanha visa a subsidiar o fortalecimento de políticas de prevenção de acidentes no trânsito. A coordenação nacional será do Ministério da Saúde junto a órgãos estaduais”, explicou o ministro Temporão.
Ainda segundo ele, o Brasil foi um dos países escolhidos para sediar essas estratégias devido ao comprometimento com o assunto. Diego Vitória, representante da organização Pan-americana da Saúde, lembra que apenas outro país latino, o México, integra a campanha. “No Brasil foram escolhidos cinco municípios bem variados. O Rio não está incluído porque não está no topo do ranking de mortes no trânsito”.
(Valmir Moratelli, iG Rio de Janeiro)
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