As pessoas que apresentam alterações na pele devem comparecer a este mutirão para uma avaliação com o especialista. Pintas que sofreram modificações de relevo, tamanho, cor ou contorno, lesões que não cicatrizam ou sangram, precisam ser examinadas porque podem ser manifestações do câncer de pele. "Quanto mais cedo as lesões malignas são diagnosticadas e tratadas, maiores são as chances de cura", comenta Marta Figueiredo, médica dermatologista da Policlínica.
Os pacientes que tiverem algum tipo de lesão identificada serão encaminhados para novos exames ou aos procedimentos indicados para o tratamento de cada caso.
Importância da prevenção
Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostram que os brasileiros ainda desconhecem os prejuízos que o sol pode trazer à pele se não se protegerem adequadamente: o número de casos vem crescendo a cada ano. Por isso, o câncer de pele continua sendo o tumor de maior incidência no Brasil. E, na maioria dos casos, ocorre devido à exposição excessiva ao sol.
Marta Figueiredo lembra que a proteção deve ser um hábito para as pessoas. "Quando houver exposição ao sol é fundamental o uso de protetor solar. Pessoas com a pele mais clara, com cabelos loiros, olhos claros, pessoas ruivas e com sardas, são as que precisam de mais proteção e atenção às alterações na pele", diz a dermatologista.
A prevenção inclui ainda o uso da chamada "barreira mecânica", que são os chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e camisas de manga comprida. A maior incidência dos raios ultravioleta – que tornam o sol mais nocivo – ocorre entre 10h e 16h. Por isso, é recomendado que todas as pessoas evitem a exposição neste horário.
No ano passado, o mutirão avaliou 988 pessoas e detectou 143 lesões malignas. Deste total, 14 eram melanomas, considerado o tipo mais grave de câncer de pele. Também foram detectados 90 tumores do tipo carcinoma basocelular (CBC), 23 tumores do tipo carcinoma espinocelular (CEC) e 16 outros tipos de tumores malignos. Foram identificadas ainda 282 lesões pré-malignas, que podem evoluir para câncer de pele e 496 dermatoses (outras doenças de pele).
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