Um retrospecto das pesquisas sobre a eleição presidencial veiculadas nos últimos 15 dias mostra que o levantamento CNT/Sensus divulgado ontem confirma a tendência de crescimento da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, verificada por mais dois institutos, com exceção do Datafolha.
A candidata Dilma Rousseff lidera a disputa eleitoral com 41,6% das intenções de voto, segundo a pesquisa CNT/Sensus. O candidato do PSDB, José Serra, aparece em segundo com 31,6%, enquanto Marina Silva, do PV, vem na sequência com 8,5% das intenções de voto. Em quarto lugar está o candidato do PSTU, José Maria, com 1,9%, e em quinto, Plínio de Arruda Sampaio (Psol), com 1,7%.
Na pesquisa espontânea, Dilma também ficou na primeira colocação, com 30,4% das menções. Serra vem em segundo com 20,2%, seguido de Marina Silva com 5%, de Zé Maria com 3%, de José Maria Eymael com 1,5% e de Plínio com 1,3%. Na simulação de segundo turno, Dilma ganharia com 48,3% dos votos contra 36,6% de Serra. Já contra Marina Silva, Dilma venceria o segundo turno da eleição presidencial com 55,7% contra 23,3% da candidata do PV. A rejeição da petista medida na pesquisa foi de 25,3%, enquanto a de Serra ficou em 30,8% e a de Marina Silva, 29,7%.
Uma nova pesquisa do Instituto Ibope em parceria com a TV Globo sobre a corrida presidencial deve ser divulgada nos próximos dias. E o Instituto Sensus anunciou que fará sondagens de 15 em 15 dias durante o período eleitoral.
Há 13 dias, a pesquisa Vox Populi/Band - a primeira realizada após a oficialização dos nove candidatos a presidente - apontou uma vantagem de oito pontos de Dilma sobre o candidato do PSDB, José Serra. Naquela pesquisa, a petista aparece na frente com 41% das intenções de voto e José Serra com 33%.
Uma semana depois, no dia 30 de junho, a pesquisa Ibope/TV Globo confirmou a liderança de Dilma nas pesquisas, indicando-a cinco pontos porcentuais à frente de Serra. Naquele levantamento, a petista apareceu com 39% das intenções de voto e o tucano com 34%.
Diferente dos três institutos, o Datafolha apontou empate técnico entre os principais candidatos na última pesquisa, veiculada em 24 de julho. Segundo aquele levantamento, o tucano lidera a corrida com 37% das intenções de voto, e Dilma tem 36%.
O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, atribui a curva de crescimento de Dilma Rousseff ao apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao bom desempenho da economia e ao aumento do nível de conhecimento da candidata. Dilma já ganhou musculatura política e identidade própria, afirma o pesquisador O quarto fator seria o que ele considera um erro de estratégia da candidatura tucana, que adotou uma postura ofensiva, de ataques à candidata e ao PT. O eleitor não gosta de críticas em excesso, analisa.
Queda do número de indecisos - Guedes chama a atenção para o alto número de eleitores que já decidiram o voto nas eleições presidenciais de outubro. O levantamento CNT/Sensus mostra que, na pesquisa espontânea, 31,7% dos eleitores não definiram o voto ou pretendem votar em branco ou nulo. Na pesquisa estimulada para primeiro turno esse porcentual cai para 14,3%.
Na pesquisa Ibope/TV Globo, divulgada no último dia 30 de julho, o número de votos brancos, nulos e eleitores indecisos chega a 19%. Na última pesquisa Datafolha, veiculada em 20 de julho, o número de pessoas que não definiram o voto na pesquisa estimulada coincide com o do Sensus: 14%. No entanto, na sondagem espontânea, 46% estão indecisos ou pretendem votar em branco ou nulo. O diretor do Sensus afirma que esses números são baixos em comparação com eleições anteriores, em que há dois meses do pleito a média de eleitores indecisos era de 50%. A sondagem entrevistou duas mil pessoas em cinco regiões do País e 136 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 21.411/10 em 29 de julho. (Andrea Jubé Vianna (AE)
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