O pedreiro Helbert de Campos Vaz Moreira, 19 anos, teve seu nome divulgado nesta terça-feira (01) pela polícia como o responsável por seis estupros e uma tentativa de estupro e roubo, sobretudo na região do Jardim Zulmira. A divulgação por parte da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) aconteceu depois que todas as vítimas o reconheceram, tanto fotograficamente como pessoalmente.
Helbert de Campos passou a ser investigado desde que foi flagrado por furto em março deste ano, ocasião em que também foi reconhecido por duas vítimas que indicaram a existência de uma tatuagem em sua mão esquerda. De acordo com a unidade especializada, foi Helbert quem levou pânico no ano passado aos moradores do Jardim Zulmira, que temendo novos casos de violência sexual, chegaram a capinar terrenos para melhorar a segurança naquela região. Entre suas vítimas estão mulheres com idades entre 11 e 64 anos.
De acordo com as informações do setor de investigação da DDM, em março deste ano, Helbert, que às vezes vivia como andarilho, bateu numa casa da Vila São João para pedir algum tipo de ajuda, sem imaginar que ali morasse um casal de irmãos -menina de 14 e menino de 11 anos - vítima de tentativa de estupro e de roubo em meados de fevereiro. As crianças avisaram o pai, que acionou a Polícia Militar, que por sua vez abordou Helbert na rua, flagrando-o com produtos furtados.
A partir desse reconhecimento, e da observação quanto à tatuagem na mão esquerda, os policiais civis da DDM passaram a confrontar as fichas de acusados de estupro dentro das características físicas apontadas pelos menores, e que também coincidiam com os relatos das demais vítimas, chegando ao nome do pedreiro, que estava preso na penitenciária “Antonio Souza Neto”, a P2, no bairro da Aparecidinha.
Todas as vítimas foram chamadas, e o reconheceram por fotos, e ontem, novamente elas compareceram à DDM para o reconhecimento pessoal. De acordo com a delegada titular da unidade, Jaqueline Barcellos, um fator curioso é que todas as vítimas foram unânimes em apontá-lo como o estuprador, sem nenhuma dúvida.
Entretanto, como ele completou 18 anos de idade em 27 de fevereiro do ano passado, parte dos crimes ele responderá como ato infracional, previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo o investigador chefe, Nílson, dos sete casos, quatro aconteceram quando ainda era menor de idade. Mas ele acredita que somente pelos três que já responderá pelo Código Penal Brasileiro, que Helbert permaneça muitos anos fora de circulação, tendo em vista que estupro é considerado crime hediondo. A delegada também comentou ontem a frieza do acusado, ao negar, de maneira vulgar, que havia cometido tais crimes.
Desse total de crimes sexuais, dois foram na região do Jardim Novo Mundo, três na área do Jardim Zulmira (as vítimas tinham 11, 15 e 64 anos de idade), e dois na Vila São João, como a tentativa de estupro e de roubo do casal de irmãos.
Pelo levantamento feito pelos investigadores, no Jardim Zulmira o pedreiro costumava agir pela manhã, e em alguns casos sua ação se deu no período noturno. Todas as vítimas, com exceção da senhora de 64 anos que foi atacada dentro de casa, foram abordadas nas ruas.
(Adriane Mendes-Jornal Cruzeiro do Sul)
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