Estrelas da seleção do Brasil, assim como da Inglaterra e da Itália, estão no time dos que reprovaram a Jabulani, a polêmica bola oficial da Copa do Mundo da Alemanha. A alemã Adidas, que fabrica a redonda, insiste em que não há motivos para tais críticas.
Os comentários sobre a Jabulani começaram a rodar o mundo desde que os convocados começaram a usá-la nos treinos para o Mundial, que começa no dia 11 de junho.
O principal motivo para essa reprovação em massa seria a dificuldade de os atletas em campo preverem a direção que a bola vai tomar.
O atacante da seleção brasileira Luis Fabiano acha que a Jabulani é "estranha". O goleiro da Inglaterra David James diz que é "horrível", enquanto o colega italiano Gianluigi Buffon vai mais longe e afirma que a imprevisibilidade da bola pode arruinar a Copa.
Diante dessas críticas, o doutor Andy Harland, que desenvolveu a bola na Loughborough University's Sports Technology Institute, na Inglaterra, alega que essa reação negativa em cadeia em grande parte se deve ao fato de os jogadores treinarem em situações pouco familiares para a Copa, mais necessariamente em lugares de maior altitude.
"Esta bola está em campo desde dezembro e até agora havia poucas reclamações", defende-se o criador. "Nós havíamos avisado que isso (jogar em altitude maior do que o costume) poderia afetar a bola, mas qualquer bola", acrescenta.
A Jabulani é tida como a bola mais redonda a entrar em campo. Ela tem como principal característica ser menos estável no ar, apesar de a superfície ter uma série de ranhuras para diminuir os problemas aerodinâmicos.
Harland diz que não ficou surpreso com a bola de neve que se tornou essa série de reclamações, apesar de nenhuma seleção ter entrado em contato com ele para fazer algum tipo de comentário. "Antes de todo campeonato os jogadores expressam as opiniões deles", conta.
"Não há nenhum segredo em torno desta bola. O design dela permite que os melhores jogadores do mundo mostrem suas habilidades", conclui.
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