quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nova tentativa de conter vazamento no Golfo emperra

A British Petroleum (BP) encontrou hoje um problema durante a nova tentativa de conter o vazamento de petróleo no Golfo do México. Uma serra especial ficou emperrada quando tentava cortar um cano conectado ao poço de onde o petróleo está vazando há seis semanas. "Eles estão tratando nesse problema agora mesmo. O objetivo é ainda hoje terminar o corte e sermos capazes de colocar um dispositivo de contenção no topo da abertura do poço" disse o almirante da Guarda Costeira, Thad Allen, responsável pelo comando nacional das medidas contra o vazamento.

A BP está sob uma pressão cada vez maior para resolver o vazamento que afeta a região do Golfo e a costa dos Estados Unidos. O objetivo desta nova tentativa era cortar o cano para inserir um dispositivo de contenção no local. Durante a noite, o grupo de trabalho conseguiu fazer o primeiro corte do cano, contou o almirante. Porém, a serra ficou emperrada durante o segundo corte necessário. O grupo que participa da operação não consegue retirar a serra e outra serra teria de ser usada, disse Allen. Ele acrescentou que não há dúvidas de que o segundo corte pode ser feito, mas ainda é incerto o quão preciso ele será.

Contenção

Quanto mais preciso for o corte, melhores são as chances de que o dispositivo de contenção será capaz de captar uma quantidade maior de petróleo. Um anúncio será feito ainda hoje sobre se uma segunda será ou não usada, disse Allen. "Tão logo o corte seja feito para separar o restante do cano da boca do poço, eles vão analisar a qualidade do corte e tomar as medidas para instalar o 'top cap', que é um dispositivo mais compacto, que realmente veda o vazamento, ou se vão usar o 'top hat', que é menos amplo e tem menos poder de vedação".

O dispositivo de contenção deve levar o petróleo até um navio na superfície. A BP está colocando em prática esta opção depois de ter anunciado no final de semana que o procedimento conhecido como "top kill", que parecia promissor de início, falhou na contenção do vazamento.

O procedimento, que nunca foi tentado antes nessas profundezas, pode aumentar o fluxo de petróleo que está vazando em 20%, segundo afirmaram autoridades do governo nos últimos dias. Allen reiterou a projeção, mas disse que o aumento do fluxo não vai ocorrer até que o segundo corte seja concluído.

Impactos

Allen disse que o petróleo agora atingiu a costa em partes do Mississippi e que bolas de piche e manchas são aparentes no Alabama. Ele disse que o óleo ainda não atingiu a costa de Panhandle, na Flórida, mas uma porta-voz da Mobile, um centro de comando sobre o vazamento do Alabama, confirmou nesta quarta-feira que uma mancha de 1,8 metro foi encontrada na costa de Panhandle e que ela está "perto da praia se não já na praia".

As informações são da Dow Jones. (AE)

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