A
comunidade judaica iniciou, no anoitecer de ontem, as comemorações do
Ano Novo Judaico, o Rosh HaShaná, uma expressão em hebraico que
significa "Cabeça do Ano". Para o povo judeu, a chegada da lua nova
marcou o início do ano de 5.773 do calendário judaico, contado a partir
da criação do homem e do mundo, segundo a tradição. Com duração de dez
dias, a celebração culmina no Yom Kippur, o dia do Perdão, que envolve a
privação de alimentos e de prazeres físicos. O jejum dura 25 horas e é
acompanhado de orações nas sinagogas.
Em Sorocaba, a data foi comemorada individualmente pelas cerca de 65 famílias judias que residem na cidade, sem a realização de nenhuma evento em comum. O presidente do Centro Cultural Brasil-Israel, uma entidade sem fins religiosos, Vanderlei Martinez, que pertence à comunidade judaica de Sorocaba, disse que como na cidade não existe uma sinagoga, em ocasiões especiais as família solicitam o espaço do Centro Cultural para sediar os eventos. Neste ano, como o Rosh HaShaná caiu em um domingo, ele acredita que a maioria pode ter aproveitado para celebrar a data nas sinagogas da capital e de também de Campinas.
Martinez explica que a celebração do Ano Novo Judaico, ao contrário das celebrações dos finais de ano convencionais, comemoradas com muitas festas e queimas de fogos, esta passagem da tradição judaica envolve uma profunda meditação sobre o passado, durante a qual se faz um balanço de tudo que passou no ano que ficou para trás, o que se concretizou, o que se deixou de realizar, como se agiu, de que forma se poderia ter atuado, entre várias outras questões existenciais. A partir daí, planeja-se um período melhor no futuro, em que as pessoas têm a chance de avaliar seus erros e se redimir de seus pecados diante de Deus. Além desse momento de meditação, a passagem é marcada por um jantar solene, onde são servidas comidas típicas como sinal para um ano novo bom e doce, como maça com mel, romã, tâmara e peixe.
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