quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Funcionários dos Correios começam greve hoje


        A decisão foi tomada ontem, em assembleia que reuniu representantes sindicais  Por: Arquivo/Agência Brasil
O impasse nas negociações da campanha salarial 2012 dos trabalhadores do Correios persiste e, hoje, os 1.100 colaboradores de Sorocaba e outros 52 municípios da região irão cruzar os braços. A decisão foi tomada ontem, em assembleia que reuniu representantes sindicais em São Paulo.

Os trabalhadores mantiveram a pauta na mesa de negociação e defenderam a contratação de mais funcionários; o fim das horas extras e da terceirização. Além disso, eles reivindicam melhorias no plano de saúde e mudança nos mecanismos de avaliação. Na parte econômica, a reivindicação é de aumento real de 5%, negociação linear de R$ 100, melhoria de benefícios como o tíquete de R$ 160, auxílio creche e auxílio para dependentes.

O diretor sindical da zona postal da região de Sorocaba, Gilmar Gomes da Silva, disse que a categoria resolveu parar as atividades hoje, mas estará atenta à audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), hoje, às 10h30, em Brasília. "Nesta quarta vamos parar. Mas teremos nova assembleia, às 19h30, em São Paulo, para avaliar o resultado da audiência de conciliação em Brasília. O que posso afirmar agora é que amanhã (hoje) vamos parar."

Para o sindicalista, será difícil para a empresa segurar a categoria, mesmo que uma nova proposta seja apresentada. "A questão é de respeito. Os Correios não demonstram o mínimo interesse em negociar com seus funcionários e tentam deixar a decisão da renovação do acordo para a Justiça", declarou. De acordo com Gilmar Gomes, a empresa ofereceu reajuste de 5,2% dos salários, o que não agradou os trabalhadores. "Não foi uma proposta razoável. A categoria até abriria mão de parte das perdas salariais, mas a proposta de apenas 5,2% desagradou". 

Garante serviços
 
Em nota oficial, a empresa informou que hoje, às 10h30, participará de audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, acreditando em um acordo coletivo com as entidades sindicais. Porém, destaca no texto que em caso de paralisação, possui plano de contingência para garantir a prestação de serviços à população. Entre as medidas que a empresa poderá vir a adotar estão: realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana.

A proposta da empresa reajusta em 5,2% os salários dos seus 120 mil empregados. Os Correios ainda oferecem aos trabalhadores vale transporte, assistência médica, hospitalar e odontológica para empregados e seus dependentes (inclusive na aposentadoria) e adicionais de atividade. A nota diz ainda que nos últimos nove anos os trabalhadores da ECT tiveram até 138% de reajuste salarial, sendo 35% de aumento real.
 
(Amilton Lourenço - Jornal Cruzeiro do Sul)

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