Biblioteca Infantil - Exposição de Presépios começa na terça-feira
Todos os presépios são de pequenas proporções, destacando a delicadeza do trabalho dos artesãos e as figuras representadas, seguindo as características dos locais onde foram produzidas. Como exemplo, poderão ser visitados os presépios peruanos e bolivianos que são vestidos com trajes típicos daqueles países. Outro destaque é a variedade de material utilizado, que vai desde a palha de milho, passando pela argila cozida e policromada, pedra, madeira e mármore. Todas as peças foram cedidas por colecionadores
"Além de designar a representação plástica da cena da Natividade que a tradição cristã localizou num estábulo, a palavra presépio ou presepe strictu sensu – estábulo ou lugar onde se recolhe o gado designa também as representações dramáticas do Nascimento de Jesus. Em algumas regiões do Nordeste (Pernambuco, Alagoas, etc.), do mesmo modo que em certas regiões de Portugal (Figueira da Foz, etc.), é presépio ou presepe, também sinônimo de auto pastoril, de drama cantado rememorando o nascimento do Salvador", explica José Rubens Incao, responsável pela Biblioteca Infantil.
Ainda na Biblioteca Infantil, também na terça-feira, das 14h às 16h, acontecerá uma Oficina de Presépios para crianças de 7 a 12 anos. Para participar, basta se inscrever na própria Biblioteca, que fica à Rua da Penha, 673 – Centro, e está aberta de segunda a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados das 9h às 12h. Informações pelo telefone 3231.5723.
Tradição
A tradição de se montar presépios remonta ao século XIII. O primeiro foi feito em 1223 por São Francisco de Assis, nas redondezas de Greccio, na Itália. Dizem que, passeando por uma floresta, São Francisco encontrou um estábulo abandonado. No dia seguinte, levou ao local uma estátua de criança, colocando-a sobre a palha, representando o nascimento de Jesus. Os animais que acompanhavam São Francisco ficaram em volta e os moradores da região foram chegando. Eles cantaram músicas natalinas.
Como São Francisco observou que as Igrejas ficavam vazias na Noite de Natal, pediu ao Papa para fazer uma réplica da gruta nos templos. Autorizado, montou o primeiro presépio. Florença foi a primeira cidade a seguir o exemplo, que se difundiu até chegar aos dias atuais, menor em tamanho, mas montado em quase todas as casas e igrejas.
No Brasil, o presépio chegou inicialmente em Pernambuco, trazido por Frei Gaspar de Santo Agostinho, por volta de 1630. Em Sorocaba, a tradição de se armar presépios foi muito forte até meados do século XX. Eram famosos os presépios confeccionados por portugueses e pelas madres do Convento de Santa Clara. As famílias realizavam visitas entre si para louvar os presépios armados nas salas de visitas, em diferentes materiais, iluminados a vela ou a luz elétrica. Alguns tinham movimento e encantavam, principalmente, as crianças.
Existem algumas crendices em relação ao presépio. Acredita-se que quem armar o presépio uma vez, deve armá-lo durante sete anos seguidos, para ter sorte e ganhar o céu. E deve-se também visitar sete presépios no Natal, pois foram sete as hospedarias percorridas por Maria e José.
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