O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski revisor
do processo do mensalão, deu nesta quarta-feira (12) o segundo voto pela
condenação por lavagem de dinheiro de Simone Vasconcelos, ex-diretora
financeira da agência de publicidade do grupo de Marcos Valério, a SMP,
Vinicius Samarane, ex-diretor e atual vice-presidente do banco; Geiza
Dias, ex-funcionária de Valério; e Rogério Tolentino, ex-advogado das
agências. O julgamento do processo será retomado nesta quinta, com o
voto da ministra Rosa Weber.
Lewandowski disse que a atuação de Simone extrapolava em muito a atuação de uma mera funcionária do grupo de Valério. O ministro mencionou o fato de ela distribuir dinheiro vivo a políticos indicados pelos seus superiores hierárquicos em hotéis e escritórios, por exemplo. O revisor disse que as operações feitas por Simone eram determinadas por Valério e contavam com a anuência dos antigos sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, com o conhecimento do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
O revisor chegou a fazer uma comparação salarial com Geiza Dias, outra ex-funcionária de Valério, para mostrar que ela era pessoa de confiança do grupo. O ministro disse que Simone recebia um salário de R$ 13 mil de Valério, sendo R$ 2 mil via carteira assinada e outros R$ 11 mil como pessoa jurídica. Geiza, inferior na hierarquia à Simone, ganhava menos de R$ 2 mil por mês. Além disso, destacou ele, a ex-diretora financeira tinha até procuração com plenos poderes para movimentar recursos de uma das empresas do grupo.
O ministro citou o depoimento do deputado federal e também réu na ação Valdemar Costa Neto (PR-SP), do extinto PL, para destacar a "importância" de Simone no esquema de lavagem de dinheiro. Segundo Valdemar, ela ocupava um "cargo de destaque" na estrutura da SMP&B. Para Lewandowski, o fato de a ré ter dito em depoimento, durante as investigações do caso, que tinha "verdadeiro pavor e constrangimento" de realizar os saques milionários do esquema é mais uma prova de que ela tinha consciência que estava cometendo crimes. "Essa assertiva demonstra que Simone sabia que estava agindo de forma ilegal, mas persistiu no cometimento de crimes", destacou. (AE)
Lewandowski disse que a atuação de Simone extrapolava em muito a atuação de uma mera funcionária do grupo de Valério. O ministro mencionou o fato de ela distribuir dinheiro vivo a políticos indicados pelos seus superiores hierárquicos em hotéis e escritórios, por exemplo. O revisor disse que as operações feitas por Simone eram determinadas por Valério e contavam com a anuência dos antigos sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, com o conhecimento do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
O revisor chegou a fazer uma comparação salarial com Geiza Dias, outra ex-funcionária de Valério, para mostrar que ela era pessoa de confiança do grupo. O ministro disse que Simone recebia um salário de R$ 13 mil de Valério, sendo R$ 2 mil via carteira assinada e outros R$ 11 mil como pessoa jurídica. Geiza, inferior na hierarquia à Simone, ganhava menos de R$ 2 mil por mês. Além disso, destacou ele, a ex-diretora financeira tinha até procuração com plenos poderes para movimentar recursos de uma das empresas do grupo.
O ministro citou o depoimento do deputado federal e também réu na ação Valdemar Costa Neto (PR-SP), do extinto PL, para destacar a "importância" de Simone no esquema de lavagem de dinheiro. Segundo Valdemar, ela ocupava um "cargo de destaque" na estrutura da SMP&B. Para Lewandowski, o fato de a ré ter dito em depoimento, durante as investigações do caso, que tinha "verdadeiro pavor e constrangimento" de realizar os saques milionários do esquema é mais uma prova de que ela tinha consciência que estava cometendo crimes. "Essa assertiva demonstra que Simone sabia que estava agindo de forma ilegal, mas persistiu no cometimento de crimes", destacou. (AE)
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