quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Número é o maior já registrado em 12 anos


Foto: Luiz Setti

34 candidatos foram registrados neste ano

O número de candidatos a deputado estadual e federal por Sorocaba e Votorantim é o maior registrado nos últimos 12 anos, segundo levantamento junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Cresceu 54,5% comparativamente à eleição de 2006, quando 22 nomes entraram na disputa, contra 34 registrados neste ano. Se comparado ao pleito de 2002, o crescimento do número de postulantes a uma vaga na Câmara dos Deputados em Brasília ou na Assembleia Legislativa, em São Paulo, o percentual é ainda maior e chega a 100%, pois, naquele ano, 17 candidatos disputaram o pleito. Líderes de partidos afirmam que o maior número de candidatos não é visto como problema, sobretudo em relação a uma eventual pulverização de votos. Ao contrário, vêem como estratégia para multiplicar votos nas legendas e até mesmo ampliar os palanques para os candidatos à presidência e ao governo do Estado ou, no mínimo, amplificar os discursos favoráveis a eles no interior.

Com maior número de candidatos estão o PSDB e o PMN, tendo quatro nomes cada um. No PSDB, dois disputam a estadual e outros dois a federal. Já no PMN, três a estadual e um a federal. Em seguida, aparece o Partido dos Trabalhadores (PT), PMDB e ainda o PSC, com três nomes cada um. PV e Psol seguem com dois candidatos cada. Os demais partidos - PTN, PC do B, PSDC, PSB, PPS, PSL, PTC, PP, PDT - registraram um candidato cada, seja a estadual ou federal.

Nas eleições de 2002, por exemplo, Sorocaba contava com 324.269 eleitores e, dos 17 candidatos que disputavam vagas a deputados, seis se elegeram, sendo três como estadual e o mesmo número a federal.

Com isso, Sorocaba garantiu a maior representação parlamentar do interior do Estado, considerada as cidades de porte semelhante. Quatro anos depois, com 356 mil eleitores e 22 candidatos na disputa, cinco deles novamente conseguiram se eleger.

Avaliação positiva

Na avaliação de alguns presidentes de partidos, o crescimento do número de candidatos está atrelada de certa forma ao aumento do número de habitantes e, consequentemente, de eleitores. Vêem como positiva a participação no processo pois é fundamental para ajudar Sorocaba na tentativa de garantir maior representação nos parlamentos. E defendem que eleitores façam valer a distritalização dos votos, ou seja, a escolha de representantes regionais. Eu vejo esse crescimento de forma natural e tranquilo, dentro da democracia. São poucos candidatos que conseguem se eleger sozinho. Então, a soma desse votos ajudam a fazer mais ‘cadeiras, afirmou o presidente do PSC, Carlos Cézar da Silva.

Mesma opinião é compartilhada pelo presidente do PMN, Fernando Oliveira. Ele não acredita que o fato de sua sigla contar com quatro candidatos não haverá pulverização de votos e com isso acabar não elegendo nenhum dos postulantes e acredita que a sigla deverá eleger candidatos.

O cientista político, Pedro Rocha Lemos, afirma que uma das explicações para o fato é de que as campanhas políticas são atividades que demandam muito mais que vontade de participar. Algum carisma e apoios levam muitos a buscar espaço na política. Porém, campanhas políticas são caras e, com a crescente profissionalização dos pleitos, aumentou significativamente o investimento em dinheiro e não há mais espaço para improvisação. Muitos concorrem, poucos são eleitos, afirma. (Marcelo Andrade - Jornal Cruzeiro Do Sul)

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