Foram presas 14 pessoas, principalmente do Brasil, suspeitas de comandar a organização. Outras 17 foram detidas por estar no país ilegalmente, informou a Polícia Nacional em comunicado. Um oficial de polícia disse não saber se os garotos de programa prestavam serviço a homens ou a mulheres.
O sexo é uma indústria multimilionária na Espanha, onde há casas noturnas em que as funcionárias são, principalmente, mulheres da América Latina, da África e do Leste Europeu. A prostituição no país está em um limbo legal, pois não é regulada. Já a exploração da prostituição é crime.
A polícia informou que o caso dos brasileiros é o primeiro desmantelado em que uma rede se dedica a traficar homens e não mulheres para a prostituição. As vítimas foram recrutadas no Brasil e assumiam dívidas de até 4 mil euros com os custos da viagem até a Espanha. Alguns foram enganados com supostas promessas de empregos de outro tipo, outros já sabiam que trabalhariam na indústria do sexo, mas não que precisariam estar 24 horas por dia disponíveis, nem que teriam de ficar se mudando de uma província para outra, disse o policial, que pediu anonimato.
Os garotos de programa tinham que dar metade de seus lucros para a quadrilha. "Se os homens se queixavam ou causavam problemas, os líderes da quadrilha os ameaçavam, inclusive com a morte", afirmou o comunicado. As prisões se realizaram nas últimas semanas. O suposto líder da quadrilha é um brasileiro radicado em Palma, uma ilha mediterrânea de Mallorca. (AE)
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