Clayton estava no carro acompanhado da esposa, cujo nome vem sendo preservado pela polícia. Ela saiu ilesa da emboscada. De acordo com agentes policiais, três homens, que estavam num veículo branco, interceptaram o carro do delegado e atiraram contra ele. Não houve tempo para ser socorrido. Clayton Leão teve morte instantânea.
Policiais do Comando de Operações Especiais (COE), Caatinga e Rondas Especiais (Rondesp) chegaram logo depois ao local, alertados pelo locutor da emissora, que ao perceber o que acabara de acontecer passou a chamar a polícia. Na entrevista, o delegado discorria justamente sobre a segurança em Camaçari, realizando uma espécie de prestação de contas da sua gestão. Dizia que a segurança estava melhorando e, por esta razão, decidira morar na cidade com a família.
"Já tinha mais de dez minutos de entrevista, quando ouvimos um estampido e ele (o delegado) começou a gritar 'peraí, peraí'. Em seguida passamos a ouvir os gritos da mulher dele, desesperada, pedindo socorro. Inicialmente, achamos que tinha ocorrido um acidente, depois, ouvimos a esposa dizer que ele fora atingido", contou o radialista Raimundo Rui. O locutor explicou que a entrevista seria presencial, mas, como o delegado não chegara à tempo, optou por ligar e falar por telefone. "Ele parou o carro na estrada e começou a falar", completou o radialista.
Clayton Leão foi coordenador do Grupo de Repressão a Roubo a Estabelecimento Financeiro (GRREF), do COE (Centro de Operações Especiais), onde atuou durante quatro anos. No momento, realizava um trabalho de enfrentamento ao tráfico de drogas na cidade. Em dezembro do ano passado, ele tinha participado da Operação Pégasus, que visava desarticular uma quadrilha de roubo de cargas e veículos que atua nas estradas baianas, culminando na prisão de dez pessoas, em Camaçari. (AE)
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