sexta-feira, 10 de julho de 2009

Eleições Modernas



Todo mundo sabe que hoje em dia é praticamente impossível viver sem internet. Desde que surgiu, empurrada pela força da tecnologia, ela facilitou e agilizou a comunicação em todos os setores de atividades, transformando-se numa importante ferramenta de pesquisa e com utilização das mais variadas. No mercado de consumo, a internet configura um expressivo instrumento de marketing, aproximando os consumidores dos produtos e serviços que são oferecidos em escala cada vez maior. Pois bem.
Agora, na Câmara dos Deputados, a tendência é incluir na legislação eleitoral do ano que vem a liberação do uso dos novos meios eletrônicos de comunicação. Naturalmente, num primeiro momento, trata-se de uma questão que deve ser vista como um avanço democrático. O debate sobre a lei eleitoral brasileira, que está sendo retomado em Brasília, dentro de uma reforma política praticamente estagnada, também ocorre quando os grandes temas sobre as pretensões de votação em lista e o financiamento público das campanhas não encontram um terreno consensual adequado e necessário.
Sem acordo sobre esses dois temas, restam algumas opções para serem apreciadas, como o uso da rede mundial de computadores, além de novas regras paras as pesquisas eleitorais e a regulamentação do fundo partidário. De todas essas questões, a que parece representar um passo à frente é justamente o uso da internet e daquilo que ela oferece para propaganda e informação política através de blogs e do orkut. Sabe-se que a campanha eleitoral norte-americana, que terminou com a vitória de Barack Obama, demonstrou como esses novos meios de comunicação podem ajudar na difusão dos planos políticos e na mobilização dos eleitores, que sempre são os principais objetivos de uma campanha.
A grande questão, porém, sobre a utilização dos meios eletrônicos, será definir responsabilidades quando ocorrerem abusos ou quando os partidos políticos, os candidatos e seus cabos eleitorais divulgarem informações mentirosas ou difamadoras. De imediato, o que se pretende é responsabilizar as agremiações partidárias para impedir o vale-tudo que via de regra ocorre em qualquer eleição. Os partidos é que deverão adotar providências para evitar que seus integrantes e apoiadores venham a denegrir os adversários, especialmente quando as campanhas estiverem caminhando para o final.
Da mesma forma, também caberá à Justiça Eleitoral a tarefa de comandar a lisura do pleito, o que incluirá o monitoramento do uso da informação eletrônica. De qualquer forma, se essa proposta realmente for aprovada, a liberação da internet será o fato novo das eleições de 2010.
Resta saber se todos vão saber aproveitar da melhor maneira mais essa aposta na modernidade eleitoral do País.

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