quinta-feira, 14 de maio de 2009

Caos Na Saúde Em Sorocaba

Hoje em dia, diante de tudo aquilo de pior que tanta gente é obrigada a enfrentar, principalmente as pessoas das camadas menos favorecidas da população, muitas vezes o cidadão acaba sentindo necessidade de recolher-se à meditação e ao isolamento completo para não ficar ainda mais indignado. A greve dos médicos da Prefeitura, por exemplo, é um dos problemas que está causando muitos males e revolta a muitos sorocabanos, tanto é que já tivemos, inclusive, o registro de uma queixa na polícia por causa da falta de atendimento médico em um dos postos de saúde da cidade, conforme este jornal publicou em sua edição de ontem. Como é que pode o cidadão que dá um duro danado para manter a família, além de pagar altos impostos, ficar sem assistência médica adequada quando ele ou algum familiar mais precisa?

Nesta altura dos acontecimentos, com o movimento grevista chegando a quase quinze dias, pode-se dizer que a saúde pública em Sorocaba está caminhando para um verdadeiro caos, com a população sofrendo nas filas, perdendo tempo nas salas de espera e nos corredores das unidades da Prefeitura. Tudo isso não deixa de ser uma situação humilhante e que está a exigir uma solução urgente por parte da administração municipal e dos próprios médicos que estão em greve há tantos dias. Antes de mais nada, é preciso que as partes envolvidas nessa questão tenham boa vontade, ponderação e espírito público para superar o impasse. Tendo em vista tudo aquilo que grandes contingentes de sorocabanos estão sofrendo, é preciso conter o caos e restabelecer a normalidade dos serviços que obrigatoriamente devem ser prestados.

Os médicos tiveram suas razões para deflagrar a paralisação, mas tudo também deve ter um limite razoável, principalmente quando é a população que sofre as conseqüências por algo que não é de sua responsabilidade. Quer nos parecer que o reajuste pleiteado pela categoria, em torno de 166%, é um tanto quanto exagerado neste momento. Por mais que os médicos possam merecer o que estão pedindo, o fato é que não será fácil para a Prefeitura, em termos orçamentários, bancar tal reajuste de uma só vez. Mesmo porque, caso ele seja concedido nessas proporções, com certeza o poder público também poderá enfrentar o mesmo problema com outros setores do funcionalismo municipal.

E é justamente nessa hora que todos devem ter bom senso e chegar a um reajuste salarial que possa corresponder aos interesses das partes. Naturalmente, os entendimentos devem passar por salários mais compatíveis à categoria, pela contratação de mais profissionais, por melhores condições de trabalho, enfim, pela prioridade que a saúde pública merece. Mas, as exigências não podem ir além dos limites do razoável.

Antes de mais nada, todos aqueles que estão envolvidos diretamente nessa questão não podem esquecer que a população existe e não pode sofrer e ser humilhada pela falta de assistência médica.
Saúde é direito do povo e dever do Estado e do município.

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