terça-feira, 21 de julho de 2009

Importância da Semana do Livro

Considerando-se que nem todas as pessoas levam a sério o hábito da leitura, realizações como a Semana do Livro, que terá início terça-feira em Sorocaba, nas dependências da Fundec, sempre são muito bem-vindas em termos de movimentação literária.
Primeiro, porque tem a força de estimular o surgimento de novos autores, oferecendo-lhes a oportunidade de mostrar o seu trabalho, e, segundo, porque de uma forma ou de outra também não deixam de ser um incentivo à leitura de bons livros.
Iniciativas como a da Semana do Livro são importantes, inclusive, para estimular os estudantes à leitura, compensando, assim, uma falha que se observa nas escolas.
Basta lembrar que um estudo da Unesco, baseado em onze países em desenvolvimento, apontou que o Brasil ainda usa métodos primários na escola, principalmente no que diz respeito à leitura proporcionada aos alunos.
A pesquisa também revelou que apenas 45% da população respondeu ter lido algum livro durante os quatro meses anteriores ao levantamento.
O que é que se pode esperar do ensino público se quem tem maior contato com ele não reconhece a importância do conhecimento? A culpa, evidentemente, não é dos alunos, mas dos responsáveis pela educação, dos professores e dos pais. Se os próprios pais não lêem, que exemplo eles podem dar aos filhos?
O fato é que a leitura deveria ser uma prática fundamental, não só para os estudantes, mas também para todas as pessoas que desejam aprimorar o seu conhecimento. Daí a importância de iniciativas como a Semana do Livro para incentivar todos à leitura, sem falar do estímulo aos novos autores.
Daí, também, a necessidade de existirem muito mais bibliotecas públicas nos bairros, onde a população possa ter acesso mais fácil a um bom livro. Clubes de serviço e outras entidades de Sorocaba também deveriam se preocupar em formar minibibliotecas, inclusive em muitos locais de trabalho.
Além disso, também deveriam ser incentivadas a realização de feiras do livro em diferentes pontos da cidade.
Enfim, o grande desafio é criar o hábito de ler num País com um dos níveis mais baixos de leitura no mundo. Nunca é demais lembrar que, enquanto o americano e o inglês lêem aproximadamente cinco livros por ano e os franceses em torno de sete, no Brasil lê-se menos de dois livros ao ano.
É muito pouco para um País que busca o desenvolvimento em todas as áreas de atividades.

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